Por: Benigna Soares
Nada encanta mais um turista no Pará e na Amazônia do que o contato direto com as manifestações culturais, as delícias gastronômicas, a riqueza da natureza e do patrimônio histórico e, claro, a receptividade do povo paraense. Esses encantos, divulgados mundo à fora pela Companhia Paraense de Turismo (Paratur), ganham notoriedade em especial por que o Pará detém cerca de 50% de todo o território da Amazônia, uma das marcas mais desejadas do mundo.
Para facilitar a execução de políticas públicas e iniciativas privadas de investimento o Plano de Desenvolvimento Turístico do Estado do Pará, lançado há dez anos pela Paratur e que está sendo atualizado divide turisticamente o Pará em sés pólos: Belém, Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia Tocantins e Xingu. É nesses pólos que encontramos todos os segmentos, que fazem do Pará a Obra-Prima da Amazônia.
PÓLO BELÉM - Entre esses pólos, Belém se mostra ao turista sempre encantadora, com seus traços marcados por forte hibridez cultural e arquitetônica. No bairro da Cidade Velha, salta aos olhos o contraste do patrimônio histórico – herança de Portugal e outras influências européias, refletida no casario antigo – com o pós-moderno, representado pela Estação das Docas, onde todos se encontram, no almoço, no pôr do sol ou noite adentro, para se deliciar com a brisa do rio Pará, com a alegria contagiante do local e com o cardápio de excelente qualidade, como exige o rigor da culinária paraense.
Basílica de Nazaré, Teatro da Paz, Praça da República e Praça Batista campos também devem ser visitados. O Mangal das Garças, às margens do rio Guamá, povoado de aves raras da Amazônia.
Uma flora típica em desenvolvimento, escolhida para ser uma das mostras mais perfeitas da nossa floresta tropical, se impõe por todos os lados. Do alto do Farol, uma vista quase completa de Belém, que aos poucos abre suas janelas para o rio. No Espaço São José Liberto, encontramos o Pólo Joalheiro, onde o ouro e outras riquezas minerais do Pará são transformados em jóias de puro requinte.
A natureza verde de Belém ainda pode ser vista no Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, no Museu Paraense Emílio Goeldi e no Bioparque Amazônia. No entorno da cidade, mais de 70 ilhas e um cotidiano de vida ribeirinha encantador. Carimbó, siriá, marujada, boi bumbá, pássaros juninos, lundu, brega, tecnobrega, guitarrada e calypso são alguns dos ritmos que embalam as manifestações culturais – entre as quais se destaca o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, sempre no segundo domingo de outubro, quando mais dois milhões de fiéis e milhares de turistas se encontram numa gigantesca demonstração de fé.
Estação das Docas e Mercado Ver-o-Peso - Construída a partir de quatro antigos galpões de ferro ingleses do século XIX, o complexo turístico e gastronômico Estação das Docas reúne restaurantes, uma mini-fábrica de cerveja, bares, lanchonete, sorveteria, espaço para eventos, teatro, museu e terminal fluvial.
Ao lado temos a maior feira livre da América Latina, o Ver-o-Peso, um dos maiores símbolos do povo e da cultura paraenses, com seu misticismo, crenças e hábitos. Inaugurado no final do Século XVII como posto de fiscalização e tributos, o mercado combina estilos neo- clássicos com peças de ferro e gradil importados da Europa.
Belém está pronta para receber turistas o ano todo, em especial no mês de outubro, quando acontece (no segundo domingo) o Círio de Nazaré. Recomenda-se reservar pelo menos três dias para conhecer a cidade.
TAPAJÓS, AMAZÔNIA, SELVA E HISTÓRIA: No pólo turístico Tapajós, o Pará se revela com o que tem de mais atraente na Amazônia: a flora, a fauna e a história. Lá encontramos Santarém, com inúmeras opções de artesanato, passeios, gastronomia regada a peixes típicos, belos e confortáveis hotéis. À frente da cidade, o
fascinante encontro das águas esverdeadas do rio Tapajós com as águas barrentas do Amazonas, que por quilômetros seguem lado a lado mas nunca se misturam. O fenômeno atrai turistas de todo o mundo, assim como a bela vila de Alter do Chão, maior aquífero do mundo. Vila turística a 32 km de Santarém, às margens do Rio Tapajós, afluente do Amazonas. O lugar, rota de grandes cruzeiros marítimos, apaixona seus visitantes pela bela praia de águas doces e esverdeadas e areia branca, às margens do Tapajós. Canoeiros ficam na orla, à espera dos apaixonados pela natureza, para um inesquecível passeio pelo Lago Verde, até a Ilha do Amor, lugar de rara beleza, assim como a comunidade Maguary. Outra opção é uma trilha pela floresta até a Serra da Piroca, de onde a vista panorâmica de Alter do Chão é inesquecível. Antes de seguir, vale se deliciar com a “piracaia”, peixe assado na brasa servido em um ritual tipicamente tapajônico.
Recomenda-se visitar Santarém o ano todo, mas no mês de setembro a natureza é mais generosa, ao revelar toda a exuberância da praia de Alter do Chão. É também quando acontece o Sairé, principal manifestação cultural do lugar, um ritual de ritmos, cores e coreografias indígenas,
com destaque para o duelo dos botos Cor-de-Rosa e Tucuxi. O Sairé é uma festividade de caráter religioso introduzida nas missões religiosas da Amazônia pelos jesuítas, no Século XVII.
AMAZÔNIA DO MARAJÓ: Ao desembarcar no Porto do Camará, em Salvaterra, na Ilha do Marajó, o turista deve estar preparado para apreciar praias de águas mornas e salobras, observar búfalos que servem de montaria à polícia e aos visitantes, trilhas no mangue, em campos naturais, passeios de canoa e revoada de guarás, esses são alguns dos atrativos da maior ilha fluvial e marítima do mundo, a lha de Marajó. Passeios por campos alagados e degustação do queijo bubalino, oferecidos nos hotéis e fazendas que recebem os visitantes, também são convites irrecusáveis para quem deseja conhecer o arquipélago do Marajó, composto por aproximadamente 3 mil ilhas e ilhotas distribuídas em 15 municípios, numa área de 49.606 km² banhada pelo Oceano Atlântico, pelos rios Amazonas e Pará.
A beleza exótica do Marajó é vista em pequenos rios e igarapés que criam áreas alagadas, refúgio dos fortes búfalos, principal produto pecuário da região. A Praia do Pesqueiro, no município de Soure, tem um encanto que atrai turistas de todo o mundo. O artesanato marajoara também merece ser visto, com seus desenhos inconfundíveis aplicados em cerâmicas e peças de vestuário de couro bubalino.

Inspiradas na região, as jóias do Pará são produzidas a partir de sementes, folhas e cipós, alguns dos artigos encontrados nas feiras e barracas de lembranças dos municípios marajoaras. É imperdível no Marajó: a Reserva Extrativista Marinha de Soure, que abrange uma área de 27.463.58 hectares, denominada Manguezal de Soure. Merece atenção especial a Praia do Pesqueiro, com três quilômetros de extensão e inúmeros coqueiros, marca registrada do local. Possui barraquinhas com serviços de bar e restaurante e uma culinária cuja especialidade são os peixes regionais e o caranguejo toc-toc. Recomenda-se reservar de 5 a 8 dias para conhecer os principais encantos do arquipélago do Marajó, que envolve centenas de ilhas, entre elas: Marajó, Mexiana, Caviana, Janaucu, Jurupari e ilha do Pará.
Outros motivos para visitar o Pará
Em sua viagem ao Pará não deixe de se encantar com:
BELÉM
• Artesanato: brinquedos de miriti, cerâmica, biojóias,cuias;
• Gastronomia: pato no tucupi, maniçoba, tacacá;
• Manifestações culturais: carimbó, marujada, sairé,
• Círio de Nazaré: ocorre no segundo domingo de outubro, reúne mais de 2 milhões de romeiros em procissão que sai da Catedral da Sé e segue pelas principais ruas de Belém com a imagem de Nossa Senhora de Nazaré até a Basílica Santuário de Nazaré, cumprindo ritual de mais de 200 anos;
• Complexo do Ver-o-Peso: feira livre, mercado a céu aberto e doca);
• Complexo Estação das Docas: 32 mil m2 de extensão e 500 m de orla fluvial, com bares, restaurantes, sorveterias, feira de artesanato e lojas;
• Complexo Feliz Lusitânia: Catedral Metropolitana, Igreja de Santo Alexandre, Museu de Arte Sacra, Forte
do Presépio e Casa das Onze Janelas);
• Tour fluvial: pelos rios Guamá e Pará, com vista da orla fluvial de Belém e ilhas adjascentes;
• Vila de Icoaraci: maior centro de produção de cerâmica marajoara, tapajônica e maracá;
• Museu Zoobotânico Emilio Goeldi e Mangal das Garças;
•Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves
• Ilhas: Mosqueiro, Outeiro, Cotijuba, Ilha das Onças, Ilha dos Papagaios;
MARAJÓ
• Ilha do Marajó: Soure, Salvaterra, Cachoeira do Arari (Museu do Marajó)
TAPAJÓS
• Santarém, Alter-do-Chão, encontro das águas
INFORMAÇÕES
GERÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA PARAUR
Benigna Soares - Gerente
+ 55 (91) 8360-0506 - PARATUR - FUNCIONAL
+ 55 (91) 3223-8193 - PARATUR - FIXO
+ 55 (91) - 8842-8129 (Abrajet)
e-mail: paraturgecv@gmal.com
e-mail: benignasoares@gmail.com