quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Trade sela acordo de parceria pelo turismo do Pará
Por: Benigna Soares - Ascom Paratur
A união de esforços entre o Governo do Estado, por meio da Paratur, sociedade civil organizada, Sebrae-Pa e iniciativa privada em prol do turismo paraense ganhou mais um reforço na noite da última terça-feira, dia 16, no Hotel Regente, durante o “Encontro Empresarial”. O evento, que reuniu cerca de setenta pessoas, contou com a participação de gestores municiais, empresários, entidades de classe, Companhia Paraense de Turismo de Turismo (Paratur), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae), Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Coordenadoria Municipal de Turismo (Belemtur), Sindicato de Guias de Turismo (Singtur), entre outros.
O encontro foi marcado por depoimentos positivos sobre o novo momento que o Pará vive e novas perspectivas para o turismo. Além da apresentação do projeto “Turismo na cidade de Belém”, que envolve diversos parceiros voltado para a promoção e divulgação do pólo Belém, com estratégias de roteiro combinado com o Tapajós e Marajó, foram apresentadas estratégias de participação em importantes eventos do calendário nacional, entre os quais o Encontro Braztoa, de 22 a 23 de setembro, em São Paulo e o Salão de Turismo de Gramado, de 17 a 20, além da preparação de Belém para o Círio de Nazaré, que ocorre no segundo domingo de outubro próximo.
“Um encontro muito positivo que mostra o entrosamento de todos para fortalecer o turismo. Se queremos ter mais turistas temos que ter planejamento estratégico, qualidade de prestação de serviço”. Afirmou Adenauer Góes, presidente da Paratur, para quem essas estratégias podem ser norteadas pelos indicadores do turismo paraense divulgados pela Paratur e Dieese no último dia 11, que mostram um incremento de 26,7% na geração de empregos formais na cadeia produtiva de turismo neste primeiro semestre, no Pará.
A pesquisa faz um apanhado da flutuação dos postos de trabalho formais no Estado do Pará por setores de atividades econômicas e aponta um saldo positivo no primeiro semestre deste ano, quando foram admitidas 11.941 pessoas, o que, segundo o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, representa um crescimento de 26,7% em relação ao primeiro semestre de 2010, quando foram admitidas 9.422 pessoas. Lembrou ainda aos empresários que hoje 70% dos bilhetes aéreos estão sendo vendidos pela internet, indicador de que novas estratégias de sobrevivência devem ser adotadas pelas agências, que precisam investir no receptivo turístico.
Na oportunidade Rosemary Pires, gerente do Escritório da Região Metropolitana do Sebrae-PA informou que o projeto que visa articular todos os setores em prol do turismo paraense prevê incrementar em até 30% a demanda por hospedagens na área de abrangência do projeto. A meta, diz ela, é principalmente fortalecer o processo de gestão empresarial através da ampliação de mercado, promoção, divulgação dos produtos turísticos.
O projeto de ação compartilhada dos setores do turismo também prevê investimentos em melhorias de acesso, inovação tecnológica, política de incentivo a financiamentos, consultoria, entre outras ações do Sebrae e Paratur, que por sua vez lançou este mês o Plano Emergencial de Qualificação Profissional, que aterá neste semestre 15 municípios do Pará.
O presidente do Sindicato de Guias de Turismo do Pará (Singtur), Fábio Romero, destacou que atualmente 41 guias estão cadastrados no Ministério do Turismo (MTUR), habilitados para atender turistas. Ele afirma que as estratégias compartilhadas do setor devem aumentar a demanda, o que representa mais geração de trabalho e renda.
O empresário Fernando Acatauassu recebe turistas em uma fazenda na ilha do Marajó e ressalta que é imprescindível que o “guia tem que falar inglês” e que é preciso qualificar o atendimento nesse segmento valorizando, por exemplo a história e significado dos bairros e ruas de Belém, a exemplo de Batista Campos, onde as ruas identificam denominações de etnias indígenas, e Nazaré, onde as travessas e ruas lembram datas importantes da história do Brasil.
O transporte para o Marajó também foi colocado como um grande desafio a ser vencido pelos parceiros do turismo, tendo em vista que aquele pólo, conceituado como destino internacional juntamente com Belém e o Tapajós, é um dos mais procurados no Pará.
Doutorando em turismo, o professor da Universidade Federal do Pará, Alvaro do Espírito Santo, destacou que as estratégias traçadas pelo trade precisam levar em conta que o Pará é um destino que não é forte no imaginário do turista, que vê praia, sol e mar o conceito ideal de turismo. “Olhando esse cenário o Marajó é um destino longe desse imaginário”. Alertou Alvaro, para quem é hora, de fato, de mudança de paradigma e de estratégias.
Neste contexto, o Plano de Desenvolvimento Turístico Ver-o-Pará, a ser lançado pela Paratur ainda este ano, traz novos direcionamentos sobre as estratégias de competitividade do Pará no mercado turístico nacional e internacional. O Plano está sendo atualizado pela empresa espanhola Chias Marketing e deve ser lançado em outubro.
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