domingo, 21 de abril de 2013

Joias do Espaço São José Liberto fazem sucesso no Rio de Janeiro


Bracelete criado pelo designer Fábio Monteiro,
inspirado na fauna amazônica
Joias criadas e confeccionadas por profissionais do Polo Joalheiro do Pará estão sendo expostas e comercializadas, desde o dia nove de abril, na loja Rajasthan, que comercializa joias de designer nacional e internacional, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Com design contemporâneo que incorpora significados da diversidade cultural amazônica e valores da sustentabilidade, o trabalho dos paraenses está chamando a atenção de artistas e personalidades brasileiras e do mundo, como a atriz americana Halle Berry, que comprou dois braceletes da coleção. A exposição, que acontece trimestralmente, é uma vitrine para o trabalho de joalheria do Brasil e de fora.  

A promoter Lalá Guimarães e Sérgio Carvalhal
Convidados pelo proprietário da loja, Sérgio Carvalhal e por Cristina Franco, jornalista e consultora de Moda e Estilo, seis designers paraenses participam da exposição, que tem curadoria assinada pela jornalista e tem previsão de durar cerca de três meses.

Cerca de 50 peças do Polo Joalheiro integram a mostra. Além das joias, a exposição também agrega acessórios de moda e manualidades criados por Marcilene Rodrigues, Rosáurea Simões, Ivete Negrão, Joseli Limão, Ivam Pereira e Silva e Fábio Monteiro. Os designers fazem parte do Programa Polo Joalheiro do Pará, que funciona no Espaço São José Liberto, mantido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Mineração e gerenciado pela Organização Social (OS) Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama).

Cristina Franco e Gisela Amaral, experimentando
 bracelete dos designers paraenses
As joias são trabalhadas em metais nobres, como o ouro e a prata, com o diferencial de matérias da região, como madeira e gemas minerais. Ivam Silva e Marcilene Rodrigues, que estiveram no Rio de Janeiro representando o grupo de designers, destacaram que as peças tem tido grande aceitação do público e que outras ações já estão agendadas.

A exposição tem contado com a participação de nomes destacados da cena artística e da sociedade carioca, como Gisela Amaral e Tânia Caldas, a atriz Rosamaria Murtinho, a baronesa parisiense Silvia Amélia de Wadner, a deputada estadual Alice Tamborindeguy, a promoter Lalá Guimarães, a empresária Tânia Calado, entre outros.

Bracelete Equilíbrio Amazônico, criado
pela designer Rosaurea Simões
REFERÊNCIA – Para Marcilene Rodrigues, poder mostrar o seu trabalho em um espaço que é referência mundial na área de joalheria e acessórios de moda é uma experiência marcante. “Ele (Sérgio Carvalhal) faz uma compilação de vários locais, com trabalho de artesãos e designers do várias partes do mundo. São peças que podem ser encontradas na Índia, na África, em Nova York...”.

Marcilene atribui o sucesso das joias não só ao lado “exótico” das criações paraenses, como também ao trabalho de Cristina Franco. “Foi dedicação total, tanto na indicação, quanto no trabalho de curadoria e movimentação de mídia. Foi um projeto independente e ela foi responsável por tudo isso”, enfatizou a designer, explicando que outros designers do Programa Polo Joalheiro já demonstram interesse em participar do projeto.     

Admiradora do trabalho desenvolvido pelo Polo Joalheiro do Pará, Cristina Franco fala sobre a importância da projeção dos profissionais do espaço. “Nós temos, no Pará, pessoas de grande talento, uma mão de obra criativa e de qualidade. Na minha visão, o gargalo do setor está na comercialização, na inclusão produtiva. E eu, que trabalho com mercado e pesquisa de mercado, estou fazendo esta parceria com a Rajasthan”, explica.

A parceria de Cristina Franco com o Espaço São José Liberto começou em 2011, quando ela assinou a curadoria da primeira coleção de Acessórios de Moda do espaço: “Manualidades: lapidando tendências”, lançada na primeira edição da Casa Cor Pará.

Ela também esteve à frente da coleção “Manualidades e Design – Rio+20”, exposta e comercializada durante a Conferência, na loja do Copacabana Palace, resultado um workshop de criação de produtos coordenado pela consultora.

Capela São José: manualidade criada por Ivan Silva,
 em madeira, prata e gemas minerais diversas
GESTÃO INOVADORA - A diretora do Espaço São José Liberto, Rosa Helena Neves, avalia que o sucesso da exposição pode ser creditado à micro e macro fatores, dentre eles o talento dos designers que participam do Programa Polo Joalheiro e o empenho dos parceiros que promovem a iniciativa. Ela também destaca os investimentos que o Governo do Estado, por meio da Seicom, tem feito no Espaço São José Liberto, desde a sua criação. “São investimentos adequados à consolidação de uma política pública cunhada na economia criativa, que apoia o setor joalheiro, a moda e o artesanato”.

Calcado em um modelo de gestão inovador, o Programa Polo Joalheiro do Pará funciona no Espaço São José Liberto há 10 anos, sempre calcado em um modelo inovador de gestão: governo, terceiro setor e setor privado.

Segundo Rosa Helena, todas as ações desenvolvidas no Espaço têm como estratégia a valorização da cultura para a geração de trabalho e renda, tendo como principais eixos de intervenção ações de capacitação, comercialização e gestão. “O fortalecimento das ações de promoção comercial junto às microempresas participantes do Programa Polo Joalheiro é um marco para este sucesso”, complementou a diretora.
Atriz Halle Barry saindo da Rajasthan

REPERCUSSÃO – O sucesso das joias do Polo Joalheiro do Pará na exposição do Rio de Janeiro tem repercutido em colunas, blogs e sites especializados, como o da jornalista Lu Lacerda (Portal IG). Ela destaca que a atriz Halle Berry, que esteve no Rio recentemente, divulgando o filme Chamada de Emergência, do qual é protagonista, “andou fazendo comprinhas na cidade e adorou as peças feitas pelo Polo de joias do projeto São José Liberto”. As pulseiras adquiridas pela atriz foram confeccionadas em madeira e prata.

Ivan Pereira e Silva e Maria Pia mostram fivelas
criadas pelo designer
Já o blog “40forever”, assinado por Maria Pia Marcondes Ferraz, Ana Cecília e Bebel, enfatiza o trabalho dos designers Marcilene Rodrigues e Ivam Silva. Criador do “Ostensório” e da “Capela São José”, manualidades em madeira, prata e gemas (como o citrino redondo facetado e o cristal), Ivam Silva foi comparado ao joalheiro russo Peter Carl Fabergé, famoso por criar, para os czares da Rússia, ovos de Páscoa coloridos preparados com uma combinação de esmalte, metais e pedras preciosas, considerados verdadeiras obras-primas da joalheria.

“Adorei as novidades e os designers paraenses da Biojoia, que é um trabalho com identidade cultural amazônica. São peças sofisticadíssimas de madeira e ouro. Os ovos de madeira feitos pelo nosso Fabergé brasileiro Ivan Pereira e Silva são divinos assim como as maravilhosas peças de Marcilene Rodrigues. Temos um artesanato made in Brazil incrível que vale realmente a pena ser valorizado e divulgado para o mundo!”, elogiou Maria Pia no seu blog.

Ascom/Igama

Fotos: Sebastião Marinho

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