segunda-feira, 16 de julho de 2012

Joia do norte

Localizada entre o oceano Atlântico e a foz do rio Amazonas, a ilha do Marajó encanta os visitantes com seus recursos naturais únicos
 

 
A Companhia Paraense de Turismo (Paratur) está comemorando um aumento expressivo no número de turistas visitando a Ilha do Marajó em julho, mês que é alta temporada de verão na Região Norte. Será efeito da novela Amor, Eterno Amor, da Rede Globo? “A novela desperta a curiosidade das pessoas porque mostra aspectos importantes da nossa cultura, como a culinária, as frutas e as danças”, observa Socorro Costa, presidente da Paratur. “Mas além da promoção e da divulgação, estamos dando atenção especial à infraestrutura. Tanto que, a partir de 2013, teremos uma nova empresa fazendo transporte para o Marajó”, anuncia.


Hoje, o transporte até o arquipélago (o maior fluvio-marítimo do planeta, formado por cerca de 3 mil ilhas e ilhotas), é feito por barco. A viagem de Belém até o município de Salvaterra dura, em média, duas horas e meia. Salvaterra é uma das cidades marajoaras que mais recebem visitantes. A outra é Soure (foto), que tem a Praia do Pesqueiro como destino principal dos turistas. Em Salvaterra, o destaque é a linda praia de Joanes, que tem mangueiras – e não coqueiros – enfeitando a orla. Ambas possuem boas opções de hospedagem e oferecem hotéis-fazendas com roteiros ecológicos e passeios de búfalo. Os rebanhos de lá, aliás, são os maiores do país e não dá para ir embora sem experimentar o queijo do Marajó, feito com leite de búfala.


Além da natureza exuberante, outra característica do Marajó é a riqueza cultural, que vai além das danças e dos ritmos musicais peculiares, como o carimbó e o lundu, que tocam na trilha da novela. A cerâmica marajoara, por exemplo, é considerada uma das mais antigas das Américas. Foram identificadas diferentes tradições cerâmicas em peças e utensílios encontrados nos sítios arqueológicos do Marajó. O artesanato marajoara mantém a tradição, sendo produzido até hoje na própria ilha e também em Belém. Para conhecer os tesouros arqueológicos locais, vale uma visita ao Museu do Marajó, em Cachoeira do Arari, a uma hora de Salvaterra.


Quem não estiver de férias em julho, mas quer conhecer essa maravilha do norte em outra época do ano, não precisa ter medo de ir na estação das chuvas (dezembro a abril). Os campos alagados são uma paisagem tipicamente marajoara que também costuma encantar quem vem de fora.

Fonte: Revista Herbarium ( http://www.revistaherbarium.com.br/joia-do-norte/ )


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