Estação das Docas |
O Porto Novo do Recife, como será chamado, prevê a reforma de oito antigos armazéns onde serão desenvolvidos os mais variados tipos de atividades, desde escritórios comerciais, hotel, bares, restaurantes, lojas de entretenimento e comerciais, espaços de exposições e eventos, entre outros.
O Armazém 10, por exemplo, será um grande tributo ao rei do Baião Luiz Gonzaga, um dos ícones da cultura brasileira. O Cais do Sertão Luiz Gonzaga, como será conhecido o espaço, terá cerca de sete mil metros quadrados de área construída e abrigará um grande acervo da obra do cantor. O espaço abrigará ainda um Centro Cultural com sala de exposição temporária, salas para realização de oficinas, auditório, biblioteca e midiateca e restaurante.
A ideia é que parte do investimento para realização do projeto, denominado Porto Novo, que prevê a reforma e construção de dois dos armazéns, que irão abrigar o Centro de Artesanato de Pernambuco e Cais do Sertão Luiz Gonzaga, venha dos cofres do Governo de Pernambuco em parceria com o Governo Federal, através do Ministério da Cultura (Minc). O restante, sete antigos galpões, serão arrendados para iniciativa privada. Ao todo estão sendo investidos R$ 25.767.937,30 milhões na obra, que abrigará ainda um Terminal Marítimo de Passageiros.
A informação de que o Porto Novo do Recife tem inspiração na Estação das Docas, que tem assinatura do arquiteto e atual secretário de Cultura do Pará, Paulo Chaves Fernandes, foi repassada pelo Governo de Pernambuco a cerca de 40 jornalistas ligados à Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo (Abrajet), durante reunião do conselho da entidade, no início deste mês, em Gravatá, Pernambuco. Na ocasião o secretário de Turismo do Estado, Alberto Feitosa, citou a Estação das Docas como um projeto exemplar para o turismo. Os jornalistas, que já conhecem a Estação das Docas e a importância que tem para o turismo brasileiro, elogiaram a iniciativa.
Estação das Docas - Resultado de um investimento de R$ 19 milhões do governo estadual, a Estação das Docas foi a primeira janela para o rio, que veio para valorizar a capital paraense, em sua relação com os visitantes e também com os ribeirinhos, barqueiros e demais que, nas cidades amazônicas, fazem do rio suas ruas. O espaço já chegou a receber diariamente cerca de duas mil pessoas, e gerou 600 empregos diretos e 1.800 indiretos.
Enriquecido com características amazônicas o complexo turístico e cultural é composto por 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém, cuja construção foi iniciada pelo engenheiro e advogado norte-americano Percival Farqhuar em 1906. São 32 mil metros quadrados divididos em três armazéns e um terminal de passageiros. O Armazém 1 foi batizado de Boulevard das Artes. O Armazém 2 passou a ser o Boulevard da Gastronomia. O Armazém 3 é conhecido como Boulevard das Feiras e Exposições.
O complexo possui, ainda, o Teatro Maria Silvia Nunes, com capacidade para 428 lugares, e o anfiteatro do Forte de São Pedro Nolasco. Todos passaram por um criterioso processo de restauração, realizado pelo arquiteto Paulo Chaves, então secretário de Cultura, que assina outras obras importantes de revitalização do patrimônio paraense, como o antigo presídio São José Liberto, hoje Pólo Joalheiro, o Complexo Feliz Lusitânia, que resulta de um conjunto de obras na Cidade Velha, primeiro bairro de Belém, Mangal das Garças, entre outros.
Os três galpões que deram lugar à Estação das Docas, são em ferro inglês, um exemplo da arquitetura característica da segunda metade do século XIX. Já os guindastes externos, marcas registradas da Estação, foram fabricados nos Estados Unidos, no começo do século 20. Também desperta atenção uma máquina a vapor de meados de 1800, que antes fornecia energia para os equipamentos do porto.
As ruínas do Forte de São Pedro Nolasco, onde foi construído um Anfiteatro, foram originalmente construídas para a defesa da orla em 1665. O espaço foi destruído após o Movimento da Cabanagem, em 1825, e revitalizado para a inauguração da Estação.
Estande Paratur - Salão do Turismo 2011 |
Paixão de Cristo - Vila dos Cabanos |
Benigna Soares – Gecv Paratur
Fotos: Jefferson Severino (Abrajet Pará), Jean Barbosa e Álvaro Grego ( GECV Paratur)
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