Produção da Farinha / Foto: Google |
A gastronomia paraense
é conhecida por sua riqueza e seus característicos sabores. E um desses
alimentos presentes na tradicional alimentação do paraense é a famosa “Farinha
de Bragança”, presente na maioria dos isopores carregados na bagagem de quem
sai do estado. Uma delícia!
Foto: Remanso do Bosque |
A relação entre
Bragança e a produção de farinha é tão remota quanto a origem do município,
onde os índios da nação Tupinambá habitavam as margens do rio Caeté.
E, por ser degustada
com tamanho apreço, parte da farinha feita pelos produtores mais antigos ainda
em atividade é encomendada antecipadamente, uma vez que a demanda não consegue
ser atendida de outra maneira devido à grande procura. As famílias Padilha e Santino
são os principais nomes nesta tradição, torrando o produto no mesmo tacho de
bronze, trazido da Europa, juntamente com os trilhos da extinta Estrada de
Ferro de Bragança, há três gerações. Os Santino e os Padilha são vizinhos no
Camutá, comunidade ribeirinha, vizinha da Vila-Que-Era (onde está o marco de
fundação da cidade, pelo português Álvaro de Sousa), ambas localizadas à margem
oposta à cidade, originada do outro lado - para onde, poucos anos após
fundação, os moradores se mudaram para manter melhor comunicação com Belém,
obtendo assim maiores recursos.
Há vários tipos de
farinha: d’água, seca, de tapioca, com coco. Mas, quando o assunto é farinha de
Bragança, a referência é a d’água, muito bem lavada. A lavagem da farinha é um
dos principais segredos para obter o resultado que tanto encanta os
apreciadores do produto, por isso a diferença entre a farinha d’água, a comum e
a lavada. Fazendo que a mesma seja desejada e exportada de Bragança para
outros municípios, e até para outros estados.
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