domingo, 28 de setembro de 2014

Concerto ao ar livre marca encerramento do XIII Festival de Ópera

Reunindo vozes de grandes cantores líricos, o concerto ao ar livre marcou
o grand finale de mais uma edição do Festival de Ópera do Theatro da Paz
Reunindo vozes imponentes de grandes cantores líricos, o concerto ao ar livre marcou o grand finale de mais uma edição do Festival de Ópera do Theatro da Paz, promovido pelo governo do Estado. O instrumental baseado na opereta “Die Fledermaus”, de J. Strauss, executado pela Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP), sob a maestria de Miguel Campos de Melo, abriu a festa de encerramento da 13ª versão do evento.

Em frente à centenária casa de espetáculos, na Praça da República, paraenses apaixonados pela programação que já virou tradição na cidade tomaram conta do calçadão próximo ao palco. “É sempre um prazer poder conferir esse espetáculo tão bonito. Aqui, as famílias ficam à vontade para apreciar as apresentações desses artistas tão maravilhosos”, disse a guia de turismo Graça Ayan, que chegou ao local bem cedo, ao lado dos parentes.

Uma dobradinha de Giusepe Verdi (1813-1901), com as árias “Stride la vampa”, de “O Trovador”, interpretada pela mezzo soprano Aliane Sousa, e ainda “Scorrendo uniti in remota via”, “de Rigoletto”, na voz do tenor Tiago Costa, encantou os espectadores, que estavam atentos a cada movimentação no palco. “Presto atenção em cada detalhe. Este ano, por exemplo, vi que os cantores foram colocados em cadeiras do lado de fora do teatro, o que os aproximou de nós. Esse concerto possibilita que qualquer pessoa, independente de dinheiro ou traje, possa apreciar música clássica. Sem falar que esse cenário é encantador”, destacou a socióloga Ana Brito.

Juntos, barítonos, tenores e sopranos mostraram a beleza imensurável de suas vozes. A ária “Mon coeur s’ouvre a ta voix”, da ópera “Sansão e Dalila”, de Saint-Saëns, ganhou vida e brilho na voz aveludada da mezzo soprano Ana Victoria Pitss, 23 anos. A paraense, que mora há quase três anos na Itália, participou do festival pela primeira vez e não escondeu a enorme gratificação por estar se apresentado na terra natal. “É uma emoção muito grande estar aqui, onde um dia eu fui espectadora, durante a minha infância e adolescência. Soltar a voz para amigos e parentes não tem preço. O povo paraense é muito acolhedor e esse calor, em todos os sentidos, faz muita falta”, comentou.

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