
A proposta é que o departamento ultramarino francês, situado no mar do Caribe, receba o apoio técnico do governo do Estado, por meio da Seicom e do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), do Consórcio Joias do Pará e demais joalheiros do Espaço São José Liberto, para o planejamento, capacitação técnica, apoio institucional e comercial ao centro criativo.
Para Manuella Toussay, é muito importante aproximar Pará e Martinica, que ficam a apenas três horas de distância aérea e podem ser grandes parceiros comerciais. “Precisamos da expertise de vários parceiros institucionais paraenses, pois a intenção é que seja uma cooperação ganha-ganha. São 35 milhões de pessoas no Caribe inteiro, e a Martinica pode servir como uma vitrine do Pará na Europa. É uma rica oportunidade de negócios para todos. A implantação do polo joalheiro com a parceria do Pará é uma ação inovadora que vai gerar empregos, capacitação e negócios”, disse.
Maria Amélia relembrou que essa é a primeira ação concreta do protocolo de cooperação descentralizada, que permite estreitar as relações econômicas, sociais, ambientais e de pesquisa entre o Pará e a Martinica, assinado em abril deste ano pelo governador Simão Jatene e pelo presidente da Martinica, Serge Letchimy.
“De tudo que foi apresentado, o interesse maior foi pelo projeto do São José Liberto. Por ser um espaço multifuncional e que pode conciliar as atividades produtivas da joalheria, ourivesaria, design, moda, turismo e cultura, torna-se muito interessante para a Martinica, pois tem um grande apelo turístico e pode-se, assim, valorizar ainda mais sua cultura, sua economia. Para nós no Pará é uma oportunidade única de estar exportando um modelo que tem demonstrado muita eficiência, pois o projeto está numa ótima fase de amadurecimento”, disse.
A Seicom será o ponto focal para o andamento do projeto de criação do polo martiniquense. Em 23 de setembro, a secretaria deverá receber um grupo de ourives do departamento ultramarino, que participarão de uma agenda de apresentação e treinamento no Espaço São José Liberto, para a formação de ourives e joalheiros com práticas manuais e não industriais, que darão mais personalidade ao trabalho.
Para João Amorim, do Consórcio Joias do Pará, que também faz parte do projeto, o fato de a produção das joias ser de forma artesanal e poder gerar mais emprego e renda localmente é muito mais interessante. “Além de capacitar vamos fomentar o comércio entre a Martinica e o Pará, para que essa parceria perdure por muitos anos, fazendo com que o Pará se destaque mais na balança comercial de gemas e joias”, afirmou.
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