segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Jogos Tradicionais Indígenas vão reunir cerca de 500 índios de 15 etnias no Pará

Com nova estrutura, o Governo do Estado realiza mais uma edição dos Jogos Tradicionais Indígenas do Pará. No próximo dia 16 de agosto, a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) faz o lançamento oficial dos jogos, às 19 horas, na praça central de Marudá, em Marapanim. O evento conta com apoio de divulgação e promoção da Secretaria de Estado do Turismo (Setur) e Companhia Paraense de Turismo (Paratur), que entendem os Jogos como um importante produto na atração de turistas e incremento do fluxo de pessoas na região Amazônia Atlântica do estado.

“Nosso objetivo, Setur e Paratur, é contribuir com a divulgação e promoção dos Jogos sob a ótica do turismo, somando o evento a outras ações que já vem sendo realizadas neste pólo turístico”, explica o secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes.

A quarta edição dos Jogos Tradicionais Indígenas ocorrerá na praia de Marudá, distrito do município de Marapanim, região nordeste do Estado, no período de 4 a 10 de setembro deste ano. O evento é uma parceria da Seel com o Comitê Intertribal Memória e Ciência Indígena e tem patrocínio da Celpa e da Caixa Econômica Federal.

Para atender e receber os cerca de 500 indígenas de 13 etnias do Pará e mais duas convidadas dos Estados da Bahia e Tocantins, uma grande estrutura está sendo construída e montada em Marudá, desde o fim do mês de junho deste ano. As obras se intensificaram em julho e continuam aceleradas, para que tudo esteja pronto no fim de agosto. As etnias participantes são Aikewara, Arawete, Assurini do Tocantins, Assurini do Xingu, Gavião Kykatejê, Gavião Parkatejê, Guarani, Kayapó, Munduruku, Parakanã, Tembé, Xikrin e Wai Wai. As etnias convidadas são os Pataxó, do Estado da Bahia, e os Xerente, do Tocantins.

A estrutura para receber os indígenas é composta de 16 ocas para os atletas ficarem hospedados, a arena para a disputa das modalidades com arquibancada, com capacidade para 3,2 mil pessoas, uma oca para a administração, um restaurante com capacidade de atendimento de 750 pessoas, um infocentro, a pira olímpica, estrutura que contempla um ambulatório de atendimento médico, um almoxarifado, a secretaria executiva e a sala de imprensa. “Começamos a preparação do evento há 4 meses, pois temos ciência da sua dimensão e importância no estado”, explica a secretária de Esportes do Pará, Renilce Nicodemos Lobo.

Além disso, dois grandes portais, um para o acesso do público e outro para os índios, estão em construção. Os materiais usados são aqueles a que os indígenas estão acostumados e que compõem o seu habitat natural. Entre as modalidades estão as tradicionais corrida de toras, arco e flecha (Apãnare), zarabatana, cabo de força, kagót, arremesso de lança e lutas corporais, e também as não indígenas como futebol, natação e atletismo.

A interação se dará também nas apresentações de danças, feira de artesanato, exposição de fotografias, sessões de cinema, sessão de pajelança e cantos mostrados entre uma e outra competição.

O presidente da Paratur, Marcelo Mendes, falou da grandiosidade do evento: “Os Jogos Tradicionais Indígenas possuem uma enorme infraestrutura e requerem um cuidado muito grande com a questão logística, transporte, hospedagem e alimentação”, conclui.

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