Trazendo três óperas, ballet, recitais, workshops e concerto ao ar livre, o Festival de Ópera do Theatro da Paz comemora neste ano, sua décima terceira edição, reunindo um público cada vez maior e mais jovem em sua plateia, aumentando a mão de obra de local para a construção dos espetáculos e trazendo para Belém nomes importantes do canto lírico brasileiro e mundial.
Após a apresentação de Mefistofele (de Arraigo Boito), no início de agosto, o próximo espetáculo a ser apresentado é Blue Monday & Um Americano em Paris, agendado para os dias 22 e 23 deste mês. Obra do compositor norte americano George Gershwin, Blues Monday é uma ópera jazz nunca antes montada no Brasil. Trazendo a história de um crime passional, esta ópera foi apresentada pela primeira vez em um programa de variedades, em 1922, em Nova York. Curta, de apenas um ato, sua história se passa no Harlem, bairro novaiorquino.
Em sua montagem original foi apresentada apenas por cantores negros. Não será diferente na montagem do Theatro da Paz, dirigida por Glaucivan Gurgel. A encenação conta com cantores e atores afrodescendentes. Em Blue Monday, teremos o tenor Jean William, a soprano Marly Montoni, o barítono David Marcondes, o baixo Raimundo Mira, o barítono Andrey Mira, o tenor Tiago Costa e o pianista Daniel Gonçalves.
George Gershwin ganha, ainda, outra citação no festival, com a encenação de um ballet dirigido e coreografado pela paulista Kika Sampaio, para o seu famoso poema intitulado “Um Americano em Paris”. O espetáculo contará com um casal de bailarinos paulistas e paraenses da Cia Ana Unger. O maestro Miguel Campos Neto vai reger a Orquestra Vale Música. E também haverá um coro de crianças, que integram o projeto de inclusão social da Vale.
As apresentações, no Theatro da Paz, vão acontecer às 20 horas, os ingressos custam R$ 60,00 (Plateia, Varanda, Frisa, Camarote 1ª), R$ 40,00 (Camarote 2ª) e R$ 20,00 (Galeria e Proscênio PNE) e R$ 20,00 (Paraíso).
O Theatro da Paz também recebe, na programação do Festival de Ópera, Otello, nos dias 20, 22 e 24. Saiba mais sobre o XIII Festival de Ópera do Theatro da Paz
Theatro da Paz chega aos 136 anos como referência ao turismo do Pará
O Theatro da Paz tornou-se famoso pelo seu luxo e exuberância, características marcantes da Belle Èpoque Foto: Jean Barbosa - Paratur |
Não há dúvida da importância da resignificação dos espaços históricos e arquitetônicos do Pará para a valorização e fortalecimento do turismo. Estação das Docas, Feliz Lusitânia, Polo Joalheiro são bons exemplos dessa transformação muito favorável ao turismo. Entretanto, um espaço com quase a metade da idade de Belém tem reservado um lugar especial no imaginário do paraense e em especial no coração dos turistas que visitaram a capital paraense pelo menos uma vez na vida. Trata-se do Theatro da Paz, um dos produtos turísticos principais do Pará, segundo a Companhia Paraense de Turismo (Paratur), palco do XIII Festival de Ópera.
Um dos maiores símbolos da história e da arquitetura paraense, o “Da Paz” completou 136 anos dia 15 de fevereiro. Fundado em 1878 durante o auge do Ciclo da Borracha, o seu nome foi uma alusão ao fim da Guerra do Paraguai. O Theatro da Paz tornou-se famoso pelo seu luxo e exuberância, características marcantes da Belle Èpoque, período do apogeu do ciclo da borracha no Brasil. O projeto arquitetônico foi idealizado por José Tibúrcio de Magalhães, engenheiros militar que tomou como inspiração o teatro italiano Scalla, de Milão, e tornou-se o a primeira grande casa de espetáculos da Amazônia. Atualmente é considerado o maior teatro da Região Norte. Conheça o Theatro da Paz
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