segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Expedição portuguesa quer reproduzir os caminhos de Pedro Teixeira no Amazonas

A Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil está organizando a realização da Expedição Pedro Teixeira na região amazônica, em homenagem ao explorador, sertanista e militar português, que percorreu o Rio Amazonas, consolidando o território brasileiro sob domínio da Coroa Portuguesa, como Belém e Santarém. O secretário de Estado de Turismo, Adenauer Góes, recebeu na semana passada a visita do presidente de honra da federação, Antônio Bacelar Carrelhas, para tratar e debater aspectos históricos, culturais e econômicos da viagem.
Ao percorrer diversas cidades, os membros da expedição farão a entrega de cartilhas escolares, apresentação de palestras e exibição de vídeo sobre Pedro Teixeira e a história da Amazônia, contando também com a exposição itinerante de painéis Construção Territorial do Brasil e a produção de um livro escrito por importantes literatos portugueses, como Jorge Couto.
De acordo com Antônio Carrelhas, para quem Pedro Teixeira foi um “bandeirante fluvial”, a expedição deve passar por dez ou doze cidades paraenses de nome homônimos às cidades portuguesas como, Santarém, Almeirim, Óbidos, Faro, entre outras, a chamada Amazônia Lusitana. “Tenho certeza que se montarmos um percurso de viagem por esses municípios, teremos grande sucesso”, ressalta o presidente da federação.
Adenauer Góes explicou que a constituição do produto turístico "Amazônia Lusitana” é um trabalho de muitos anos, que precede a existência da própria Setur, criada em 2011. “É preciso dar a concepção da história e da cultura e é possível fazer negócios, ganhar dinheiro, gerar emprego, renda e melhorar a vida das pessoas. Tudo isto passa pela compreensão empresarial e formação de uma rede de prestação de serviços que dê viés econômico para a atividade turística”, enfatiza o titular da Setur.
Desbravador - No começo do século XIX, a Coroa Portuguesa determinou o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar a sua posse sobre a região. Foi enviada uma expedição de três embarcações, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco. Nela seguiu o então alferes Pedro Teixeira. No dia 12 de janeiro de 1616, as embarcações ancoraram na baía de Guajará, onde foi fundado o Forte do Presépio, núcleo da atual cidade de Belém, capital do Pará.
Em 1625 lutou contra os holandeses que estavam em um forte no rio Xingu e os ingleses ao longo da margem esquerda do rio Amazonas. Em 1626, subiu o rio Tapajós. Em 1637, chefiou uma expedição partindo do Maranhão, com 45 canoas, setenta soldados e mil e duzentos flecheiros e remadores indígenas subindo o curso do rio Amazonas, buscando confirmar a comunicação entre o oceano Atlântico e o Peru, rota percorrida no século anterior por Francisco de Orellana. Seu destino final foi Quito, no Equador. Como reconhecimento por sua extensa lista de serviços prestados na conquista da Amazônia brasileira, foi agraciado com o cargo de capitão-mor da Capitania do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640, mas a sua gestão foi curta, tendo durado apenas até maio de 1641, pois ele faleceu em julho daquele ano.
Texto: Israel Pegado - Setur Pará 


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