quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Alegorias e adereços das Crias do Curro Velho entram na fase final de produção


As equipes do Curro Velho estão dando os toques finais nas alegorias
 e adereços da escola de samba mirim do bairro do Telégrafo
Faltando apenas nove dias para o desfile das Crias do Curro Velho, os artistas plásticos, artesãos e profissionais de arte correm contra o tempo para levar um espetáculo de cores, leveza e o brilho das alegorias e adereços da escola de samba mirim às ruas do bairro do Telégrafo. “O desfile é um exercício de educação dentro do tema Carnaval”. É assim que o profissional em artes, David Matos, classifica o carnaval da Fundação Curro Velho, realizado há 22 anos na capital paraense. David é um dos facilitadores na produção dos adereços das Crias. Para ele, a conscientização ambiental está em todos os processos de concepção e construção do Carnaval da fundação.

“Hoje nós vemos muito discurso sobre reciclagem, sustentabilidade, reaproveitamento. Um discurso escrito e falado, mas eu acho que há pouquíssimos exemplos na prática, um exercício onde você visualize isso”, comenta. Todos os envolvidos no processo de confecção de alegorias e adereços são ex-alunas, instrutores e voluntários. Pessoas que fazem um trabalho de educação ambiental e, consequentemente, induzem a população a ter um olhar diferente após entrar em contato com o carnaval das Crias, explicou o instrutor de alegorias.

David Matos ressalta a proposta pedagógica da instituição que, durante o desfile, tem a preocupação de distribuir água para as crianças e ainda tem uma equipe para recolher os copos usados. Esse material ao final é reaproveitado em oficinas. “O carnaval das Crias do Curro Velho é diferente no processo de construção e no desdobramento que vem depois do Carnaval. É único”, comemora David Matos.

Uma das “Crias” que está na equipe de alegorias e adereços é Tatiana de Holanda, 33 anos, que quando era criança saiu desfilando no carnaval da Fundação Curro Velho. “Eu sempre gosto de fazer alegorias e participo do processo de produção aqui no barracão”, comenta. São mais de 400 adereços que serão utilizados durante o desfile das Crias do Curro Velho, marcado para o dia 22 de fevereiro.

Aline Chaves, artista plástica e instrutora de adereços, comenta sobre a produção dos elementos carnavalescos e explica que os adereços são feitos a partir das sucatas plásticas coloridas, como vasilhames de shampoo, hidratante ou utensílios domésticos. “Não utilizamos tintas como acabamento final. A própria cor do material plástico é usada na produção das alegorias”, explica Aline Chaves.

A instrutora começou como aluna da Fundação Curro Velho na década de 90 e hoje, a artista plástica, trabalha com a pesquisa que envolve o papel e a sucata plástica dentro do teatro de formas animadas. Nos adereços da escola de samba mirim o público irá encontrar personagens como o Menino Maluquinho, médicos, patinadoras, jogadores, teatro, dança entre outros. O desfile do Grêmio Recreativo Escola de Samba Crias do Curro Velho será no último sábado de fevereiro, 22, a partir das 9h, com saída da Praça Brasil, em direção à sede da Fundação Curro Velho. O evento é uma realização do Governo do Pará, Secretária Especial de Promoção Social e Fundação Curro Velho.

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