Uma equipe de
geógrafos da Universidade Federal do Pará (UFPA), campus de Marabá, fez uma
visita técnica ao Parque Estadual Serra das Andorinhas (Pesam), gerenciado pela
Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). O processo, que foi iniciado em
abril e deverá ser concluído em novembro, destina-se ao levantamento das
trilhas que levam aos principais pontos turísticos, para elaboração de um mapa
que facilitará a interpretação do cenário ambiental durante incursões dos
visitantes.
A ação é fruto de uma
parceria firmada entre a gerência do Parque Serra das Andorinhas e a Faculdade
de Geografia da UFPA, de Marabá. Depois de finalizado, o mapa turístico será
apresentado prioritariamente aos moradores das vilas localizadas no entorno do
Parque. Entre os pontos visitados estão cachoeiras, sítios arqueológicos,
praias, balneários e uma formação rochosa.
Durante três dias, o
professor Abraão Levi Mascarenhas e os alunos Thais Batista Portela e Simon
Sousa dos Santos percorreram os caminhos que dão acesso aos sete pontos de
visitação do Setor 3 do Parque, sob a orientação dos técnicos de campo da
gerência do Pesam, Adailton Brito e Jefferson Barroso. Eles observaram o
cenário e fizeram anotações detalhadas sobre vegetação, flora, fauna e vestígios
arqueológicos existentes na região.
Abraão Levi explicou
que o mapeamento das trilhas vai permitir criar um mapa didático mais detalhado
para facilitar o entendimento dos turistas durante a visita ao Parque. “O
trabalho é importante para a unidade pelo fato de gerar mais uma ferramenta de
sensibilização ambiental no âmbito do uso público”, destacou o professor,
acrescentando que planeja realizar, ao final desse trabalho, o primeiro
workshop de mapeamento de trilha com potencialidade ecológica na área protegida.
Para ele, o saber
popular das pessoas que moram nas áreas em redor do Parque tem relevância na
interpretação do cenário em estudo. “Os moradores da região têm contribuído
para esse levantamento, com o repasse de informações bastante consistentes. Isso
vai enriquecer ainda mais o trabalho que nos propusemos produzir”, garante.
Abraão explica, ainda, que o mapeamento de trilhas faz parte do projeto de
extensão da disciplina Sistema de Informações Geográficas, que compõe a grade
curricular do curso de Geografia.
Para a estudante
Thais Portela, o trabalho foi proveitoso por ter permitido vivenciar na prática
a teoria vista em sala de aula. “Isso é muito importante para a minha formação
acadêmica. Por meio dessa visita pudemos conhecer um pouco mais sobre a
biodiversidade existente no Parque”, destacou. Já Simon Sousa destacou a
vivência com a comunidade local como um dos pontos mais relevantes na pesquisa.
Texto: Káthia Oliveira - Sema
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