Os
chefs brasileiros e estrangeiros que
estão em Belém participando da 11ª edição do festival Ver-o-Peso da Cozinha
Paraense estiveram, na manhã desta quinta-feira (11), no mais conhecido ponto
turístico da capital paraense, o Ver-o-Peso, conhecendo a riqueza gastronômica que
o Pará tem para oferecer na maior feira aberta da América Latina.
Os
peixes imensos e frutas de diversos tamanhos, cores e sabores, óleos e ervas
atraem os olhares atentos dos especialistas. Para o jovem Gabriel Vidolin, de
23 anos, chef de “O Leão Vermelho”,
em São João da Boa Vista (SP), vir ao Pará é sempre uma experiência válida e
interessante. “Eu venho muito aqui e gosto especialmente das frutas paraenses”,
afirma.
Ele
conta que entre as suas preferidas estão o cupuaçu e o bacuri. A primeira ele
utiliza como base para uma de suas criações: a mousse “Lua Nova”, em que
utiliza a fruta acompanhada de jasmim. Já do bacuri é feito um delicioso
sorvete.
Para
o chef mineiro André Generoso, diretor-presidente
da Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança e fundador do renomado
restaurante Divina Gula, em Maceió (AL), “a variedade de peixes e frutas exóticas
é o que mais chama atenção”. Vindo ao Pará pela quarta vez, Generoso conta que
já levou para a capital alagoana, o plantio o açaí, da pupunha e do taperebá.
Ao
definir o que encontra no estado do Pará como matéria-prima para o seu
trabalho, André Generoso, não deixa dúvidas: “Aqui temos a verdadeira
gastronomia brasileira, vinda sem mistura, pura da cultura indígena”, diz.
A
visita dos chefs também é gratificante para quem está do outro lado das tendas
e barracas. A feirante Carmelita Rocha, que não revela a idade, mas diz ter 43
anos somente de Ver-o-Peso, conta que bacuri e pupunha despertam maior atenção
e são os produtos mais consumidos. “Eu recebo estes chefs há anos com uma grande alegria, com o trabalho deles, ajudam
a divulgar as nossas frutas, o nosso estado”, comemora.
Após,
a visita ao Ver-o-Peso, os chefs
fizeram um passeio de barco pela Baía do Guajará, com direito à visita as comunidades produtoras de açaí, onde conheceram o modo de produção dos
alimentos, desde o plantio até a distribuição para os centros comerciais, além
de observar de perto o cotidiano ribeirinho. O almoço ocorreu em “A Maloca do
Orlando”, com pratos baseados em ingredientes do rio, como peixes e camarões, e
frutas do rio.
A 11ª edição do evento é uma realização do Instituto Paulo
Martins e Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, com apoio promocional
da Companhia Paraense de Turismo (Paratur) e institucional da Secretaria de
Estado de Turismo (Setur), entre os dias 07 e 14 de abril, contando com uma
programação repleta de visitas, aulas, fóruns e jantares envolvendo grandes chefs paraenses e
visitantes.
Texto
e fotos: Israel Pegado - GEC Paratur
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