segunda-feira, 14 de maio de 2012

Patrimônio Arquitetônico de Belém é Tombado pelo Ministério da Cultura




Ministério da Cultura efetiva o tombamento de todo o conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico dos bairros da Cidade Velha e Campina, localizados centro histórico de Belém do Pará. O processo, elaborado pelo Instituto Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), foi oficializado através da portaria nº 54 publicada no último dia 10 no Diário Oficial da União, após aprovação em maio do ano passado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Ao todo três mil edificações dos dois bairros serão protegidos pelo governo federal.





Prestes a completar o 400 anos, Belém têm nestes dois bairros as mais valiosas edificações de sua história. Tudo começou com o Forte do Presépio, a primeira construção portuguesa da cidade ainda no século XVII, e além de ser o marco da fundação de Belém, em 12 de janeiro de 1616, representou também o triunfo português sobre o domínio da região amazônica. Hoje a construção faz parte do complexo turístico Feliz Lusitânia, título dado pelos portugueses ao primeiro núcleo da cidade, onde é possível ver as mais belas igrejas de Belém como a Catedral da Sé e a Igreja de Santo Alexandre, o Museu de Arte Sacra e outros espaços históricos como a Casa das Onze Janelas e a praça Frei Caetano Brandão.





Além da riqueza arquitetônica colonial do complexo Feliz Lusitânia, a Cidade Velha também mostra que Belém vivenciou a sua Belle Époque como chamado "Ciclo da Borracha" que pode ser visto na opulência dos prédios do século XIX e XX. Neste período a cidade gozou de grande prosperidade econômica que colocou Belém como uma das mais importantes cidades do país, foi também época de grande aproximação cultural da cidade com principais potencias mundiais até então como França e Inglaterra. Esta aproximação está marcada na arquitetura do Museu Histórico do Estado do Pará, sediado no Palácio Lauro Sodré e abriga um variado acervo relacionado à história do Estado ou no Mercado de Ferro do Ver-o-Peso, maior feira livre da América Latina e principal cartão postal da cidade e na Estação das Docas, antigo porto de Belém que, após reforma em 2000 se tornou referência internacional como complexo turístico e cultural.




A Companhia Paraense de Turismo (Paratur) é grande incentivadora de projetos que resgatam a memória da cidade, especialmente no centro histórico de Belém. Um exemplo disso é o apoio ao Roteiro Geo-turísticos, uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Geografia do Turismo da Universidade Federal do Pará (UFPA) que possui o aval da Paratur, em execução desde 2011 o projeto convida turistas e moradores da cidade para conhecer melhor este centro histórico de Belém. Os roteiros contemplam as principais edificações históricas e aspectos urbanísticos e paisagísticos da área fundação da cidade. Além disso, o grupo promove também roteiros temáticos, como em relação a fundação de Belém e em homenagem ao centenário do cinema Olympia, o cinema mais antigo do Brasil em funcionamento.






Conheça mais sobre os pontos históricos de Belém:





  • Forte do Presépio: Fundado em 12 de janeiro de 1616, a origem do Forte do Presépio confunde-se com a fundação da cidade. O espaço permite uma ampla vista para baía do Guajará e boa parte do Complexo Feliz Lusitânia. O forte sedia ainda o Museu do Encontro, que mostra peças de povos indígenas Marajoaras e Tapajônicas habitavam a região antes da chegada dos portuguesas na Amazônia.



  • Museu Histórico do Estado do Pará: O museu atualmente tem como sede o Palácio Lauro Sodré, construído em estilo neoclássico pelo arquiteto italiano Antônio Landi no século 18 para servir de moradia para os governadores e capitães gerias do Pará na época. O acervo do museu é diversificado, composto por composto de pinturas, mobiliário, acessórios, fotografias, entre outros bens que ajudam a contar os diferentes contextos da história do estado. O Museu freqüentemente também abriga algumas exposições.



  • Complexo do Ver-o-Peso: A feira do Ver-o-Peso, fundada em 1625, é a maior da América latina. Nela é possível encontrar os mais variados produtos gastronômicos da Amazônia, como as frutas e temperos. A barraca de ervas amazônicas é um importante destaque por ressaltar o sincretismo cultural do povo paraense. Os destaques da arquitetura estão com o mercado de Ferro do Ver-o-Peso e o Mercado de Carne, com detalhes em ferro fundido trazidos da Europa.



  • Estação das Docas: Herança do período da economia da borracha na Amazônia, a Estação das Docas é o principal complexo turístico e cultural da região. Reformado pelo governo do Estado no ano 2000, a Estação das Docas ocupa o local onde funcionou o antigo porto de Belém, em 1906. Compõe o espaço 500 metros de orla fluvial, um teatro e um anfiteatro, restaurantes, lojas de artesanato, espaço para exposições e um terminal de passageiros.



Wanderson Curcino - GECV Paratur

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