quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Segurança no entorno da Praça Magalhães é tema de reunião na Paratur

O alto índice de moradores de rua nos bairros que concentram o maior número de atrativos turísticos de Belém foi o tema de uma reunião na manhã desta terça-feira, dia 22, no auditório Carlos Roque, da Companhia Paraense de Turismo (Paratur). Mais de 20 entidades, órgãos públicos, empresas e profissionais de áreas diversas estiveram na reunião, discutindo principalmente estratégias que possam reduzir esse índice no entrono da Praça Magalhães, área próximo ao galpão da Companhia Docas do Pará (CDP) onde diariamente centenas de turistas embarcam ou desembarcam para o Marajó.

Adenauer Góes, presidente da Paratur agradeceu aos participantes pela iniciativa de buscar soluções conjuntas para o problema e se colocou à disposição para ajudar. Ele relatou que funcionários da Paratur e também muitos turistas já foram alvos de agressão física, assaltos e até assassinatos nas proximidades do local. Para ele, o “conforto” que é garantido aos dependentes químicos e de álcool, que dormem em colchões nos coretos, recebem alimentos de doadores diversos e utilizam água da Cosanpa para cozinhar e tomar banho ao ar livre dificulta o afastamento deles do local. A preocupação de Adenauer é com a criminalidade que coloca em risco toda a sociedade e prejudica o turismo.

O empresário Alberto Farid relatou que o African Bar ficou fechado por vários anos por questões também de segurança. Voltou há três meses ao funcionamento. “Mas todos os dias tem assalto. Eles estão à vontade para usar drogas”. Disse Alberto.

Andréa Alves, coordenadora da Proteção Social de Média Complexidade da Funpapa (Fundação Papa João XXIII) explicou que o problema é de fato muito grave e que precisa da união de todos por que nem sempre os moradores querem deixar as ruas. “Temos o Camar – Casa Abrigo Para Moradores de Rua-, que estava em reforma mas vai ser reaberto na quinta-feira. Mas, lá não tem álcool e drogas. Por isso ele não quer ir”. Relata Andréa, sobre a dificuldade de convencer os moradores de rua a receber atendimento nos abrigos. Ela elogiou o Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas, que ela denominou de “uma resposta positiva da Polícia Militar aos que atuam na área da assistência social”.

Entre as propostas do grupo que surgiram está a revitalização da Praça Magalhães a partir do projeto Padrinhos do Verde, da Semma, ações da Faculdade Estácio Fap e ainda melhorias na iluminação do local. Também devem ser feitas incursões para que a sociedade deixe de fornecer alimentos, roupas e outros objetos aos moradores de rua, pois isso fortalece a zona de conforto dos mesmos e impede a procura deles pelos abrigos e espaços de tratamento.

Entre os participantes estavam membros da Polícia Militar (PM), empresa Companhia Athlética, African Bar, Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan), Ministério Público do Pará, Companhia Independente de Policiamento Turístico (CIPTUR), Faculdade Estácio Fap, e outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário