Começa mais um Círio em Belém, capital do Pará – A obra-Prima da Amazônia. No coração dos paraenses um profundo sentimento de que chegou o Natal. Sentimento este que traduz um ano inteiro de alegrias, também tristezas, mas muitas graças alcançadas e realizações. Todas com as bênçãos de Nossa Senhora de Nazaré, a padroeira dos paraenses.
Outubro é, portanto o mês de festa de quem
vive no Pará. O mais importante é como os paraenses conseguem contagiar os
turistas que chegam em sua cidade com esse sentimento de fé, devoção e muita
receptividade. Na Companhia Paraense de Turismo (Paratur), órgão oficial de
promoção turística do Governo do Estado, acontece todo um trabalho de atração
desses turistas, algo em torno de 73 mil pessoas em 2011, em um universo
superior a dois milhões de romeiros acompanhando a procissão no segundo domingo
de outubro.
O primeiro momento marcante dessa festa é
nesta sexta, com um grande espetáculo: O Auto do Círio. São encenações diversas no bairro da Cidade
Velha, com um grande cortejo que mistura o sagrado e o profano. Entre os
artistas que estão em vários palcos nesta noite, a Orquestra de Violoncelos da
Amazônia, os cantores Iva Roth, Salomão Habib, Grupo Parafolclórico do Sesc,
Dominguinhos do Estácio, Meio Dia da Imperatriz, Companhia de Dança Moderno, Companhia
de Dança Ballare, Grupo Etnias, Bateria da Escola de Samba Quem São Eles e Bole
Bole, Palhaços Trovadores Banda Cocota de Ortega, entre outros.
O Auto do Círio começa às 19h na Praça do Carmo. Percorre as
ruas Dr Assis, faz uma parada na frente da Igreja da Sé, segue pela Travessa Santo Alexandre, Rua do
Aveiro. Uma nova parada é na frente do
Instituto Histórico e Geográfico do Pará, no palco das culturas populares. Na Assembléia
Legislativa tem a programação afro. A apoteose
ocorre na frente do Palácio Antônio Lemos, sede da Prefeitura de Belém.
O segundo momento especial do Círio ocorre neste
sábado, dia 8, com a Romaria Fluvial, um espetáculo irresistível aos olhos, inesquecível ao coração, diante da
beleza das cores, da sincronia das mais de 400 embarcações, da trilha sonora de
puro louvor à Virgem. Segundo o presidente da Paratur, Adenauer Góes, a Romaria simboliza
perfeitamente o Círio. “Nossa Senhora de Nazaré, padroeira dos paraenses, é uma
imagem diretamente ligada às águas. A
imagem foi encontrada por um pescador, Plácido, ribeirinho que, segundo a
história, iniciou essa devoção. Na Paratur nos sentimos honrados em dar
continuidade à Romaria Fluvial, criada pelo ex-presidente da Paratur,
jornalista Carlos Rocque, e em poder com
isso homenagear nossa padroeira”. Ao todo 650 pessoas, incluindo a imprensa, são
convidados da Paratur para acompanhar a Romaria Fluvial no ferry José Humberto.
A saída é às 6h30 da manhã de sábado,
dia 8. O embarque começa às 6 horas, no porto da Reicon, na Rodovia Arthur
Bernardes, número 605. Uma novidade este ano é que a camisa da Romaria
Fluvial, muito disputada pelos convidados, foi desenhada pelo design paulista
Adolfo Morandini, artista que assina grandes artes Brasil à fora.
À noite, na Trasladação, mais emoções e
manifestações de fé. Um espetáculo à parte não só para os turistas verem. Mas,
também para a imprensa noticiar. Mais suave aos romeiros e pagadores de
promessa, encanta também pela trilha sonora nazarena e em especial pelas luzes
de velas que iluminam cada passo dos participantes.
Domingo é o grande dia. A emoção de chegar
ainda na madrugada para garantir um lugar à corda, assistir a missa que
antecede a procissão, percorrer cada quilômetro do Círio da Sé até a Basílica.
São momentos inesquecíveis que fazem rir
de alegria, ou chorar de emoção. Um espetáculo, ou seria um fenômeno? Que só
acontece em Belém do Pará, uma vez ao ano, no mês de outubro, mas que é notícia
o ano todo.
Círio &
Turismo – Muitos
turistas que chegam na capital aproveitam para, antes ou depois de cumprir sua
missão de participar do espetáculo do Círio de Nossa Senhora de Nazaré,
conhecer os atrativos turísticos do Pará. E o que visitar em um estado tão grande
em termos de opções de turismo? Afinal, são seis pólos turísticos, 144
municípios, uma infinidade de atrativos. Aqui vão algumas dicas de o que fazer
nesses pólos:
PÓLO BELÉM
Belém se mostra ao turista sempre
encantadora, com seus traços marcados por forte hibridez cultural e arquitetônica. Em suas primeiras ruas, no bairro da Cidade Velha, nos atrai o contraste do patrimônio histórico, herança de Portugal e outras influências
européias, refletido no casario antigo, no Complexo Feliz Lusitânia (Catedral da Sé, Museu de Arte Sacra, Forte do Presépio),
Complexo Ver-o-Peso (Feira do Açaí, Mercado de Peixe, Mercado de
Carne, Solar da Beira), com o pós-moderno, a exemplo da
Estação das Docas
e sua transformação, de simples galpões de ferro importados da Europa, até meados da década de 90 ao mais imponente complexo de lazer, gastronomia e turismo da Amazônia. Para o almoço,
ao por do sol ou noite adentro, é lá que todos se encontram, para se deliciar com a
brisa do rio Pará, com a alegria contagiante do lugar ou com o cardápio, de excelente qualidade e com o rigor da culinária paraense.
Basílica de Nazaré, Teatro da Paz, Praça da República e Praça Batista Campos também devem ser visitados, como o Mangal das Garças, espaço de eco-turismo e educação ambiental, às margens do rio Guamá, povoado de aves raras da Amazônia, a exemplo de garças, marrecos, beija-flor e guarás, além de quelônios. Uma flora típica em desenvolvimento, escolhida para ser uma das mostras mais perfeitas da nossa floresta tropical, se impõe por todos os lados. Vale a pena conhecer o Borboletário do Mangal e, no Manjar das Garças, mais um pouco das
delícias gastronômicas paraenses. Do alto do Farol uma vista quase completa de Belém, que aos poucos abre suas janelas para o rio, a exemplo do Portal da Amazônia, orla em construção. Mais à frente, o Pólo Joalheiro, onde o ouro e outras riquezas minerais do Pará são transformadas em jóias de puro requinte. Lá funcionou um presídio mas, hoje é o exemplo de que o homem pode mudar sua história e redesenhar seu futuro visando, emprego, renda e dignidade ao seu povo.
Basílica de Nazaré, Teatro da Paz, Praça da República e Praça Batista Campos também devem ser visitados, como o Mangal das Garças, espaço de eco-turismo e educação ambiental, às margens do rio Guamá, povoado de aves raras da Amazônia, a exemplo de garças, marrecos, beija-flor e guarás, além de quelônios. Uma flora típica em desenvolvimento, escolhida para ser uma das mostras mais perfeitas da nossa floresta tropical, se impõe por todos os lados. Vale a pena conhecer o Borboletário do Mangal e, no Manjar das Garças, mais um pouco das
delícias gastronômicas paraenses. Do alto do Farol uma vista quase completa de Belém, que aos poucos abre suas janelas para o rio, a exemplo do Portal da Amazônia, orla em construção. Mais à frente, o Pólo Joalheiro, onde o ouro e outras riquezas minerais do Pará são transformadas em jóias de puro requinte. Lá funcionou um presídio mas, hoje é o exemplo de que o homem pode mudar sua história e redesenhar seu futuro visando, emprego, renda e dignidade ao seu povo.
A natureza verde de Belém ainda pode ser vista no Jardim Botânico
Bosque Rodrigues Alves, no Museu Paraense Emílio Goeldi, no Bioparque Amazônia. No entorno da cidade, mais de 70 ilhas e um cotidiano de vida ribeirinha encantador, entre elas as ilhas de Mosqueiro, Outeiro
e Cotijuba.
e Cotijuba.
Carimbó, siriá, marujada, boi bumbá, pássaros
juninos, lundu, brega,
tecno brega, guitarrada e calypso são alguns dos ritmos que embalam as manifestações culturais do Pará. Belém é o berço dessas
danças e coreografias que marcam suas expressões em todo o Estado com um dos mais variados calendários de eventos do Brasil.
E por falar em eventos, este é o segmento que mais se destaca em Belém, onde o principal ocorre no mês de outubro, quando o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, expressa toda a fé e religiosidade do povo paraense. É um mês de procissões, novenas, missas e apresentações. Mas, no segundo domingo de outubro, dois milhões de fiéis e milhares de turistas se encontram em uma gigantesca demonstração de fé. O espetáculo único em toda a Amazônia, é imperdível.
E por falar em eventos, este é o segmento que mais se destaca em Belém, onde o principal ocorre no mês de outubro, quando o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, padroeira da Amazônia, expressa toda a fé e religiosidade do povo paraense. É um mês de procissões, novenas, missas e apresentações. Mas, no segundo domingo de outubro, dois milhões de fiéis e milhares de turistas se encontram em uma gigantesca demonstração de fé. O espetáculo único em toda a Amazônia, é imperdível.
PÓLO TAPAJÓS
No pólo Tapajós o Pará se revela com o que
tem de mais atraente na
Amazônia: a flora, a fauna e a história. Em Santarém, município sede do pólo, inúmeras opções de artesanato, passeios,
gastronomia regada à peixes típicos, belos e confortáveis hotéis. À frente da cidade, o
fascinante encontro das águas esverdeadas do rio Tapajós com as águas escuras do rio Amazonas. Por quilômetros, as águas dos dois rios correm lado a lado, mas nunca se misturam. O fenômeno atrai turistas de todo o mundo, assim como a bela vila de Alter-do-Chão, maior
aqüífero do mundo. O lugar, rota dos grandes cruzeiros marítimos, apaixona seus visitantes pela bela praia de águas doces e esverdeadas e areia branca, às margens do rio Tapajós.
fascinante encontro das águas esverdeadas do rio Tapajós com as águas escuras do rio Amazonas. Por quilômetros, as águas dos dois rios correm lado a lado, mas nunca se misturam. O fenômeno atrai turistas de todo o mundo, assim como a bela vila de Alter-do-Chão, maior
aqüífero do mundo. O lugar, rota dos grandes cruzeiros marítimos, apaixona seus visitantes pela bela praia de águas doces e esverdeadas e areia branca, às margens do rio Tapajós.
Canoeiros ficam na orla, à espera dos
apaixonados pela natureza, para
um inesquecível passeio pelo Lago Verde até a Ilha do
Amor, lugar de rara beleza, assim como a comunidade Maguary. Outra opção é uma trilha pela floresta até a Serra da Piroca, de onde a vista panorâmica de Alter-do-Chão é inesquecível. Antes de seguir, vale se
deliciar com
a “piracaia”, peixe assado na brasa servido em um ritual tipicamente tapajônico. Recomenda-se visitar Santarém o ano todo mas no mês de setembro a natureza é mais generosa, ao revelar toda a exuberância da praia de Alter-do-Chão. É também quando acontece o Sairé,
principal
manifestação cultural do lugar, um ritual de ritmos, cores e coreografias indígenas, com destaque para o duelo dos botos Cor-de-Rosa e Tucuxi. O Sairé: é uma festividade de caráter religioso introduzido nas missões religiosas da Amazônia pelos jesuítas, no século XVII mas vem se modernizando a cada ano. Ainda no pólo Tapajós não deixe de ir até Belterra, município guardião da arquitetura herdada do ciclo da borracha, ainda visível na fachada
das casas de toda a vila. Bosques de seringueiras completam a paisagem.
manifestação cultural do lugar, um ritual de ritmos, cores e coreografias indígenas, com destaque para o duelo dos botos Cor-de-Rosa e Tucuxi. O Sairé: é uma festividade de caráter religioso introduzido nas missões religiosas da Amazônia pelos jesuítas, no século XVII mas vem se modernizando a cada ano. Ainda no pólo Tapajós não deixe de ir até Belterra, município guardião da arquitetura herdada do ciclo da borracha, ainda visível na fachada
das casas de toda a vila. Bosques de seringueiras completam a paisagem.
PÓLO MARAJÓ
Ao desembarcar no Porto do Camará, em Salvaterra, o
turista deve estar
preparado para apreciar praias de águas mornas e salobras, observar búfalos que servem de montaria à polícia e aos visitantes, trilhas no mangue, passeios de canoa e revoada de guarás, alguns dos atrativos da maior ilha fluvial e marítima do mundo, a lha do Marajó. Passeios
por campos alagados, degustação do queijo bubalino
oferecidos nos hotéis e fazendas que recebem aqueles que visitam a Ilha também são convites irrecusáveis para quem deseja conhecer o arquipélago do Marajó, composto por aproximadamente 3 mil ilhas e ilhotas
distribuídas em 15 municípios, em uma área de mais de 50 mil km² , banhada pelo oceano Atlântico e pelos rios Amazonas e Pará. A beleza exótica do Marajó é vista em pequenos rios e
igarapés que
criam áreas alagadas , refúgio dos fortes búfalos, principal produto pecuário da região. Merece destaque a praia do Pesqueiro
no município de Soure cujo encanto atrai turistas de todo o mundo.
O artesanato marajoara também merece ser visto, com seus desenhos inconfundíveis aplicados em cerâmicas marajoaras, peças de vestuário de couro bubalino. Inspiradas na região, as bio-jóias são produzidas a partir de sementes, folhas e cipós, alguns dos artigos encontrados nas feiras e barracas de lembranças dos municípios marajoaras.
Habitat de grande variedade de peixes e pássaros, o arquipélago oferece muitas atividades em meio à natureza, realizadas nas fazendas, como observação de guarás - ave típica de penas vermelhas -, pesca, a focagem de jacarés, passeios de barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes de aventura também se divertem na área com a prática de caminhadas na selva.
A gastronomia, que tem na carne de búfalo ingrediente principal, é representada por pratos típicos como filé marajoara, servido com mussarela de búfala derretida e o frito do vaqueiro.
Além de Soure, conhecida como “A Pérola do Marajó”, vale destacar no arquipélago o município de Salvaterra. Inúmeros hotéis e pousadas garantem o conforto do visitante. Para desfrutar as belezas da Ilha do Marajó é necessário pelo menos dois dias, as saídas são diárias
partindo de Belém de barco, lancha, balsa em linhas públicas regulares ou aviões fretados.
O artesanato marajoara também merece ser visto, com seus desenhos inconfundíveis aplicados em cerâmicas marajoaras, peças de vestuário de couro bubalino. Inspiradas na região, as bio-jóias são produzidas a partir de sementes, folhas e cipós, alguns dos artigos encontrados nas feiras e barracas de lembranças dos municípios marajoaras.
Habitat de grande variedade de peixes e pássaros, o arquipélago oferece muitas atividades em meio à natureza, realizadas nas fazendas, como observação de guarás - ave típica de penas vermelhas -, pesca, a focagem de jacarés, passeios de barco pelos igarapés. Os fãs dos esportes de aventura também se divertem na área com a prática de caminhadas na selva.
A gastronomia, que tem na carne de búfalo ingrediente principal, é representada por pratos típicos como filé marajoara, servido com mussarela de búfala derretida e o frito do vaqueiro.
Além de Soure, conhecida como “A Pérola do Marajó”, vale destacar no arquipélago o município de Salvaterra. Inúmeros hotéis e pousadas garantem o conforto do visitante. Para desfrutar as belezas da Ilha do Marajó é necessário pelo menos dois dias, as saídas são diárias
partindo de Belém de barco, lancha, balsa em linhas públicas regulares ou aviões fretados.
Os seis pólos turísticos do Pará são Belém,
Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia Tocantins, e Xingu.
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