quinta-feira, 8 de outubro de 2015

O Pará recebe o mundo para o Círio de Nazaré

Turistas e romeiros unidos pela fé e encanto do Círio de Nazaré em Belém.
(
Foto: Jean Barbosa - Setur-Pará)
Chegou o momento mais esperado pelos paraenses: o Natal. Isso mesmo, ainda é outubro mas neste final de semana dois milhões de romeiros, entre os quais 84 mil turistas, celebram juntos o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, tradicionalmente conhecido como o Natal dos paraenses. O evento tem como cenário Belém, capital do Pará, um lugar único no planeta que reúne maravilhas naturais e culturais, culinária exótica e de irresistível sabor, riquezas históricas imensuráveis, um imaginário repleto de mitos e lendas, além de um povo acolhedor, caloroso e generoso.

Belém se revela um lugar único durante a quadra nazarena.
(Foto: Cristino Martins - Secom)
Neste período o Pará revela toda a exuberância do seu turismo nos segmentos de cultura, natureza, sol e praia, eventos e negócios, afinal, o Círio, manifestação religiosa católica dos paraenses, injeta na economia local cerca de US$ 30 milhões, resultado de um esforço compartilhado de promoção, divulgação, fomento e desenvolvimento do turismo como negócio, realizado pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), dos integrantes do Fórum Estadual de Turismo (Fomentur) e outros parceiros da gestão estadual, municipal, que atuam em sintonia com o trade turístico e a sociedade civil organizada, como explica Adenauer Góes, secretário de Turismo do Pará.

É imperdível a gastronomia do Pará, a começar pelo pato no tucupí,
carro-chefe do almoço do Círio. (Foto: João Ramid - Setur-Pará)
“O Círio é o nosso principal evento, não somente cultural e religioso, mas também turístico, pela quantidade do fluxo de pessoas que circulam no estado motivados pela festividade, bem como pelos recursos que injeta na economia paraense. E esperamos que mesmo num cenário de crise, o Círio de Nazaré enquanto produto de atração turística continue a crescer com um incremento da ordem de 3% no comparativo com o ano anterior”, explica Adenauer Góes.

Os visitantes do Pará nesta época do ano se surpreendem com o receptivo oferecido logo ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belém. As boas vindas são aromatizadas pelas essências do famoso “Cheiro-do-Pará”, sachês distribuídos com fitas simbólicas do Círio pela equipe de marketing da Setur. Se isso não basta, o receptivo é ao som de carimbo, lundu e outras danças parafolclóricas.

Os visitantes se deparam com a história do Círio e de Belém
em cenários como este: A Catedral Metropolitana de Belém.
(Foto: Cristino Martins - Secom)
E o que dizer dos hotéis, pousadas, casa de amigos e de parentes, todos preparados, decorados com a temática nazarena? No cardápio dos restaurantes o pato no tucupi, maniçoba, tacacá, açaí, sucos de bacuri, cupuaçu e tudo mais que a culinária paraense tem a oferecer.

Mas não é só isso, Belém neste período se harmoniza com a cultura local e a programação está nos teatros, nos espaços livres, nas praças, nas galerias de arte dos museus, e em diversos outros espaços. Música, danças, artes cênicas, audiovisuais, artes plásticas, se voltam todos para essa hibridez que converge para uma só mensagem: a fé e devoção que os paraenses dedicam a Nossa Senhora de Nazaré.

Catedral Metropolitana de Belém (Foto: Lucivaldo Sena - SECOM AG. Pará)
Turismo - Os visitantes do Pará, que é guardião de mais de 50% dos atrativos naturais da Amazônia, se deparam com um cenário que, que há 223 anos, no segundo domingo de outubro, traduz o Círio de Nossa Senhora de Nazaré como o maior evento religioso católico do Brasil, com todos os seus simbolismos e peculiaridades: um misto de cultura, história, demonstração da marcante religiosidade do povo da região. O motivo é que Nossa Senhora de Nazaré é a padroeira dos pescadores, dos paraenses, da Amazônia.

Pesquisa Dieese-PA e do Núcleo de Estudos, Estatísticas e Pesquisas da Setur, mostram que os turistas neste príodo são originários de todo o Brasil, especialmente de São Paulo (16,7%), Maranhão (15,8%), Rio de Janeiro (14%) e Ceará (10,4%). A faixa etária desse visitante é entre 35 a 50 anos (34%), sendo em sua maioria estudantes (11%) e funcionários públicos (10%). O avião (60%) é o meio de transporte mais utilizado por eles, que ficam hospedados preferencialmente na casa de parentes (35%) e hotéis (30%), e permanecendo em média 6,85 dias em Belém. "

O singelo gesto de uma promessa enche os olhos dos visitantes
de emoção e contagia pelo colorido dessa expressão de fé
(Foto: Site Oficial do Círio de Nazaré)
O turismo internacional também ganha força neste momento, graças a voos diretos que conectam Belém a Lisboa, em Portugal, e outros países da Europa, através da rota de voos da TAP Portugal. Também dos Estados Unidos, no voo Belém-Miami, da TAM, do Suriname, através do voo Belém, Paramaribo, da Gol, e outras ofertas, permitem a chegada desses visitantes.

“Um dos principais dados é a volta desse turista ao Pará. Mais de 90% dos turistas diz ter intenção de retornar", destaca Roberto Sena, coordenador do Dieese.

Theatros, galerias, cinemas, praças e outros espaços se abrem para mostrar a
cultura 
do Pará nas cenas do Círio de Nazaré. (Foto: Tamara Saré - Secom)
E sabe quais os principais espaços turísticos visitados durante o Círio, que recebe grande fluxo internacional? Em primeiro a Basílica Santuário de Nazaré (23,7%), Estação das Docas (22,6%), Complexo Ver-o-Peso (19,3%), Mangal das Garças (9,5%) e Portal da Amazônia (5,2%). Estes os cinco locais mais visitados e procurados pelo turista durante sua estada na capital paraense para a festividade do Círio. Além disso, os visitantes apontaram a gastronomia, a hospitalidade, os pontos turísticos, a religiosidade, a cultura e o lazer como os principais pontos positivos da cidade.

“Seria impossível hoje em dia, fazer uma festa da magnitude do Círio de Nazaré, sem a contribuição de muitas pessoas e instituições. Somente de voluntários serão mais de 27 mil pessoas atuando durante a quadra nazarena”, contou o diretor da Festa de Nazaré, Jorge Xerfan Neto.

Quem vem ao Pará para o Círio, precisa mesmo conhecer o que o estado tem mais para oferecer e desfrutar das maravilhas dessa verdadeira obra prima da Amazônia. Uma dica importante é, na hora escolher entre os cerca de 200 produtos que estão em oferta no Pará, ficar atento à singularidade desses produtos, únicos no Brasil e no mundo, carregados de valores como a originalidade, criatividade, autenticidade, diversidade e a sustentabilidade, marcas registradas de tudo que se relaciona à Amazônia, segunda marca mais desejada do mundo. 
E este é o momento ideal para conhecer Belém, o Pará: A Obra-Prima da Amazônia
Durante o Círio, siga esta sugestão para conhecer o Pará: A Obra-Prima da Amazônia em 8 dias e 7 noites.

1º dia, Belém
Manhã: café da manhã paraense, visita ao Mangal das Garças. Almoçar no restaurante do Mangal Tarde: passeio fluvial pela baía do Guajará e rio Guamá.
Noite: jantar em Belém, gastronomia fusão.

2º dia, Belém
Manhã: visitar o Mercado Ver-o-Peso, passear pelo Centro Histórico (Forte do Presépio, Museu do Encontro, Catedral da Sé, Teatro da Paz, Parque da Residência) e almoçar na Estação das Docas.
Tarde: visitar o Museu Emílio Goeldi, comprar no espaço São José Liberto, de produção e venda de Jóias da Amazônia.
Noite: jantar em restaurantes de Belém.

3º dia, Arquipélago do Marajó
Manhã: viagem de barco para Salvaterra. Passear pela cidade e Praia Grande, visitar a Vila de Joanes, almoçar nas barracas de praia.
Tarde: traslado para Soure. Passear pelas ruas de antigos casarões e entardecer na orla do rio Paracauari.
Noite: banquete marajoara nos restaurantes locais.
Marajó e seus encantos - Foto: Heitor e Silvia

4º dia, Arquipélago do Marajó
Manhã: visitar a comunidade da Praia do Pesqueiro e almoçar na comunidade.
Tarde: visitar uma das fazendas marajoaras, conhecidas por seus campos alagados e pela criação de búfalos e cavalos.
Noite: jantar com show de danças folclóricas.

5º dia, Arquipélago do Marajó
Manhã: visitar um ateliê de cerâmica e o Centro de Processamento do Artesanato do Couro de Búfalo.
Tarde: embarque de retorno para Belém.
Noite: jantar em Belém, gastronomia local.

6º dia, Alter do Chão
Manhã: vôo Belém/Santarém e translado para Alter do Chão
Tarde: banho de rio ou passeio na praça da vila, onde se encontram lojas de artesanato com produtos de comunidades ribeirinhas e tribos indígenas da região
Noite: jantar com pratos à base dos peixes da região, como o tucunaré, costelas de tambaqui, bolinhos de piracuí, omelete de aviú.

7º dia, Alter do Chão
Em Alter do Chão você poderá apreciar o encontro dos rios
Amazonas e Tapajós.Foto: Heitor e Silvia
Manhã: travessia do Lago Verde em catraia (canoa tradicional da região) em direção a Serra da Piraoca. Visitar a Floresta Encantada e almoçar na Praia do Amor.
Tarde: descanso na Praia do Amor.
Noite: jantar nos restaurantes da orla de Alter do Chão.

8º dia, Alter do Chão
Manhã: passear por Belterra, cidade patrimônio nacional, visita Maguari, uma comunidade de seringueiros na Floresta Nacional do Tapajós. City tour pela parte histórica da cidade de Santarém.
Tarde: passear na orla de Santarém e apreciar o encontro das águas do Rio Amazonas com o Rio Tapajós no Mirante do Rio Tapajós.
Noite: voo Santarém/Belém. Jantar em Belém e assistir a algum local de música paraense.

Conheça mais: Círio de Nazaré

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