quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Depois do Círio que tal um descanso no Paraíso? Mosqueiro espera você

Foto: Via Flickr Delmiro Junior
Belém é cercada por cerca de 40 ilhas e ilhotas. Passados os momentos emocionantes do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, uma boa dica é escolher uma dessas ilhas para descansar e desfrutar um pouco da natureza da Amazônia. Uma das mais convidativas para os turistas é a de Mosqueiro, localizada a 70 quilômetros, a aproximadamente 1 hora de carro partindo da capital paraense.

A ilha do amor, como é conhecida, é um distrito de Belém. Seus 17 km de praias de água doce têm uma beleza muito peculiar, que conquista admiração especialmente dos turistas. Outra marca registrada de Mosqueiro são os casarões que encontramos na orla das praias do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur e Murubira. Eles eram as casas de veraneios dos barões da borracha e remetem à época áurea da economia paraense: o ciclo da borracha, iniciado no final do século XIX. Pela proximidade da capital e por ter linha de transporte público municipal, é um dos balneários mais procurados pelos belenenses no mês de julho.

Ilha de Mosqueiro - Praia do Farol. Foto: Luiz Braga
Conhecida pela calmaria e tranquilidade de suas praias, a Ilha de Mosqueiro é uma das melhores opções de viagem aos que procuram sossego e descanso da rotina estressante dos grandes conglomerados urbanos. Na “Bucólica”, como o balneário é carinhosamente chamado pela população paraense, as alternativas de lazer são as mais variadas.

História – Distrito de Belém, a Ilha de Mosqueiro ficou conhecida como balneário a partir do final do século XIX, durante o período áureo da borracha, quando estrangeiros costumavam passar os fins de semana na ilha. Ingleses da Pará Eletric Railways Company instalaram energia elétrica e de meio de transporte interno. Enquanto que, alemães, franceses e americanos eram em sua maioria funcionários de companhias estrangeiras como a Port of Pará e Amazon River. Não tardou para que seringueiros e balateiros da região do Marajó e a própria sociedade belenense seguissem os passos dos europeus e americanos, passando a erguer na orla vivendas e trapiches para embarque e desembarque da população.

Ilha de Mosqueiro - Praia do Maraú. Foto: Héden  Franco
O que visitar: Para os amantes do ecoturismo, Mosqueiro abriga o Parque Ambiental da Ilha do Mosqueiro e a Estação Ecológica do Furo das Marinhas. A superfície da ilha é totalmente plana contendo belíssimas paisagens. A ilha apresenta pequenos rios e igarapés onde podem ser realizados passeios por ilhotas, como as de Maruins e dos Papagaios para a observação de pássaros e animais silvestres, bem como da paisagem amazônica e seus habitantes.

O Sítio Pratiquara localizado, em frente ao rio de mesmo nome, oferece excelente infra-estrutura, um saboroso peixe grelhado e descanso ao som dos pássaros. A arquitetura é rústica com mesas, cadeiras, lixeira e até mesmo o banheiro feitos com plantas e madeiras da região. Também é possível tirar um cochilo em redes feitas de bambu e de corda.

Tapiocaria de Mosqueiro. Foto: Héden Franco
Com belas praias, banhadas por águas de baías e com ondas semelhantes às de praias oceânicas, Mosqueiro é um dos destinos mais apreciados pelos veranistas. As mais movimentadas são a do Farol, Chapéu Virado, Porto Arthur, Murubira, Ariramba, São Francisco e Carananduba. Para quem gosta de privacidade, Mosqueiro dispõem ainda de praias mais afastadas como o Marahú, Paraíso e Baía do Sol. Em geral, as praias da ilha apresentam boa infra-estrutura de serviços, com barracas padronizadas para a venda diária de bebidas e refeições.

Calçadão do Chapéu Virado - Mosqueiro. Foto: Héden Franco
O patrimônio histórico e cultural de Mosqueiro reúne os chalés de veraneio datados da primeira metade do século XX, em modelos copiados da França, Alemanha, Suíça e Bélgica. O acapu, madeira nobre da região, foi utilizado para construção de grande parte destes patrimônios concentrados principalmente nas praias do Chapéu Virado, Farol e Murubira. O Hotel Farol, a Fábrica Bitar, o Mercado Municipal e a Igreja Matriz de Nossa Senhora do Ó também são belos exemplares arquitetônicos da ilha, frutos da herança européia na região.

O folclore de bois-bumbás, cordões pássaros e as quadrilhas juninas são algumas das manifestações que enriquecem o folclore da ilha e encantam os visitantes. O ponto alto ocorre durante o festival folclórico que se realiza anualmente no mês de julho. O artesanato em Mosqueiro também é de forte tradição. Baseado em cerâmica, madeira, palha e raízes de árvores, e principalmente raízes, os artesãos costuma utilizar traços que se assemelham aos animais. A confecção e o conhecimento são passados de pai para filho, de geração em geração.

Ilha de Mosqueiro. Foto: Luiz Braga
Por fim, o turista estará num dos mais ricos destinos gastronômicos do Brasil. Em Mosqueiro, o típico café da manhã regional é vendido em plena Praça da Matriz, em mais de quinze barraquinhas padronizadas e instaladas bem em frente ao Mercado Municipal. Logo cedo, as barraqueiras começam a servir sucos, café com leite, mingau, cuscuz, pão e a tradicional tapioquinha. Também são muitos os pontos de venda de tacacá. Além disso, a abundância de peixes encontrados na região pode ser encontrada na maioria dos restaurantes e hotéis do Mosqueiro, em especial, a famosa Caldeirada.

Como chegar: Carro particular ou coletivo (há linhas que vão para o município com saída do Terminal Rodoviário de Belém e também linhas de transporte público municipal). Segue-se pela BR 316 e depois pela PA 391. 

Quando ir? A qualquer época do ano, especialmente no verão paraense, em julho, para desfrutar do sol e das praias. Fora de temporada Mosqueiro também é uma excelente opção para quem busca descanso e lazer com conforto e segurança.

Onde ficar? Mosqueiro é abastecida por inúmeras pousadas e hotéis

Onde comer? Excelentes restaurantes fazem da cozinha de Mosqueiro uma das mais características do Pará. Não deixe de experimentar o camarão de Mosqueiro, as tapioquinhas da Vila Bucólica. 

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