sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Belém vai abrigar Centro Global de Gastronomia e Biodiversidade na Amazônia

Entre os objetivos está o de colocar Belém como referência global da
gastronomia e influenciar o cenário internacional com tendências regionais.
Foto: Agência Pará
Nesta quinta-feira, 15, uma exposição no Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, dentro do Complexo Feliz Lusitânia, marcou o início da apresentação de um projeto que credencia o Pará a abrigar um Centro Global de Gastronomia e Biodiversidade na Amazônia. A exposição “O Feliz Lusitânia cresce: o encontro entre a memória, a gastronomia e a biodiversidade” poderá ser visitada até 15 de janeiro de 2016 e integra as ações em torno do aniversário dos 400 anos de Belém.

O Centro será implantado ao longo dos próximos dois anos no complexo Feliz Lusitânia, às margens da Baía do Guajará. A proposta foi formulada ao Governo do Pará e à Prefeitura de Belém por um conjunto de organizações da sociedade civil, lideradas pelo Instituto Paulo Martins, o Instituto Atá e o Centro de Empreendedorismo da Amazônia.

Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, dentro do Complexo Feliz Lusitânia,
marca o início da apresentação do projeto gastronômico.
Foto: Agência Pará
O projeto vai contemplar cinco unidades para divulgação, pesquisa e construção do saber gastronômico: escola de gastronomia, laboratório de alimentos, barco-cozinha, museu e restaurante. Entre os objetivos está o de colocar a capital como referência global da gastronomia e influenciar o cenário internacional com tendências que têm suas raízes na experiência e aprendizado amazônicos. “É hora de acabar com o extrativismo do ingrediente: a Amazônia tem de liderar no conhecimento e mostrar ao mundo que a diversidade pode ser transformada de obstáculo em oportunidade", acrescentou o gastrônomo e ambientalista Roberto Smeraldi, vice-presidente do instituto Atá, em nome do grupo dos promotores.

Com a implantação do Centro, a cidade será capaz de oferecer ao Brasil e ao mundo um ambiente onde estudantes, pesquisadores, profissionais e turistas possam realizar trabalhos sobre gastronomia e biodiversidade em diversas dimensões, como pesquisa, ensino, formação, fomento econômico, divulgação turística e cultural, articulação com comunidades rurais, etc. As pesquisas partiram do conceito de que “Gastronomia é Cultura” e Belém sintetiza o conhecimento tradicional indígena, caboclo, ribeirinho, com tradições enraizadas vinculadas ao alimento, seja no centenário comércio de seus mercados, em sua comida de rua ou em ocasião das festividades do Círio. E desde a década passada registra, socializa e aprofunda suas tradições por meio do festival Ver-o-Peso da Cozinha Paraense, realizado anualmente.

Saiba mais sobre a exposição.

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