quinta-feira, 18 de junho de 2015

Pérola do Tapajós: Santarém completa 354 anos

Conhecida como a Pérola do Tapajós, Santarém está localizada na região central da Amazônia, na confluência dos rios Amazonas e Tapajós. Foi fundada em 1661 pelos jesuítas, em uma expedição liderada pelo Padre João Felipe Bettendorff, recebendo o nome em homenagem à cidade portuguesa de Santarém. O município comemora 354 anos no dia 22 de junho.

É berço do rico artesanato tapajônico, que segue as tradições culturais dos povos indígenas da região. Os belos trabalhos em cerâmica são encontrados nas feirinhas de artesanato espalhadas pela orla da sede municipal, onde dividem a atenção com roupas e acessórios de fibras naturais, mas também nas vilas  e comunidades santarenas.

O que Visitar

Visitar Santarém é agradável o ano todo. Durante o primeiro semestre, por exemplo, o rio Tapajós está em época de cheia.  Assim que chega o mês de julho, as águas começam a baixar e gradualmente vão surgindo quilômetros de faixas de areias brancas que formam belíssimas praias até o final do ano. O município de Santarém chega a formar 1.992 quilômetros de praias exóticas e primitivas que mais parecem mar. É o caso da Praia do Amor, na vila de Alter-do-Chão, conhecida como “Caribe Brasileiro”.

Encontro das àguas

Em frente à cidade de Santarém, ocorre o espetáculo do encontro das águas dos rios Tapajós com Amazonas, que fluem lado a lado por vários quilômetros, sem misturar suas águas de cores e densidades diferentes. O melhor local para assistir este fenômeno é da orla da cidade, de preferência do alto do Mirante do Tapajós.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
(Foto: Adilson Moralez via Flickr)
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição
A Igreja de Nossa Senhora da Conceição ou Igreja Matriz de Santarém foi inaugurada em 1819, mais de cem anos após a construção da primeira capela de devoção à Santa no atual município de Santarém. A igreja foi projetada pelo arquiteto Antônio Landi. No seu interior existe um pequeno museu de arte sacra que conta com imagens e pinturas barrocas dos séculos XVIII e XIX, objetos de culto e diversos documentos e registros históricos. Algumas imagens foram trazidas da Espanha ou talhadas em madeira pelo artesanato indígena da região. 

Vila de Alter-do-Chão
Alter-do-Chão, recanto da cultura dos primeiros habitantes, os índios Borari e dos colonizadores portugueses, fica à aproximadamente 30 km do centro de Santarém, por via rodoviária. Lá é o palco da maior manifestação folclórica da região, o Çairé, que atrai milhares de turistas todos os anos. A festa é herança da miscigenação cultural entre índios e portugueses, na qual as pessoas saem nas ruas em rituais e procissões religiosas. Acontece também shows artísticos e apresentações de danças típicas que simbolizam o confronto dos botos Tucuxi e Cor de Rosa. É a expressão máxima do sincretismo entre a religiosidade cristã, originária das tradições da Europa com o indigenismo amazônico, mas com um conceito de autenticidade pouco visto no turismo brasileiro.

Ilha do Amor

Ilha do Amor em Alter-do-Chão, apenas 30 km do centro
de Santarém. (Foto: Cristiano Martins- SECOM)
Durante os meses de baixa das águas do rio, uma imensa faixa de areia forma uma ilha em frente a orla de Alter-doChão. A ilha foi batizada de Praia de Amor, e todos os anos atrai turistas do mundo inteiro que desejam conhecer o “caribe amazônico”. A travessia da orla até a praia é feita por pequenas canoas a remo ou motor e dura apenas alguns minutos. Durante os períodos de maior seca, é possível até fazer a travessia a pé. Tão gostoso quanto o banho de rio, a imersão nas águas esverdeadas do rio Tapajós, é se deliciar com a gastronomia típica, servida ali mesmo. Lá você pode , logo ao chegar, escolher o peixe que deseja almoçar, que vai sendo carinhosamente preparado pelos nativos enquanto você aproveita a natureza do lugar. 

Orla de Alter-do-Chão, de onde é feita a travessia  para a
Ilha do Amor. (Foto: Jean Barbosa)
Lago Verde
Novembro é a melhor época para fazer o passeio de barco pelo Lago Verde que possui 10 km de extensão, cuja cores mudam durante o dia, de azul para verde. É um dos roteiros mais importantes do ecoturismo de Alter do Chão. Pela clareza das águas você pode vislumbrar a rotina dos cardumes de peixes, apreciar o sobrevoo de aves e se encantar com o colorido da paisagem típica da Amazônia. Não esqueça que aqui, em Alter-do-Chão, está o maior aquífero de água doce do mundo e o lugar representa a diversidade, forte característica do turismo do Pará.

 Serra da Piraoca

A Serra da Piraoca é rodeada por savanas amazônicas (cobertura vegetal constituída, em geral, por gramíneas e árvores esparsas), uma experiência imperdível para quem gosta de turismo de aventura. Aproximadamente em uma hora de caminhada chega-se ao topo, de onde a visão da região é espetacular. Lá, os antigos indígenas da tribo Borari retiravam do leito do rio a pedra usada para confeccionar um clássico amuleto amazônico, o Muiraquitã.

Igreja de Nossa Senhora da Saúde
(Foto: Vania Myrrha via Flickr)
Igreja de Nossa Senhora da Saúde (Alter-do-Chão)
A Igreja de Nossa Senhora da Saúde foi construída no século XIX em estilo barroco português. É reconhecida pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como Patrimônio Histórico de Santarém. No mês de junho recebe os devotos da procissão fluvial do Círio de São Pedro, marcado por arraial, comidas típicas, danças de quadrilhas juninas e outras atividades, um ritual que encanta turistas e nativos no Tapajós. Durante a procissão fluvial dezenas de embarcações enfeitadas, além da imagem de São Pedro, transportam ribeirinhos que vivem em comunidades no entorno da vila, entre eles de Aritapera, Pindobal e da sede de Santarém.

Comunidade do Maguary

A comunidade de Maguary fica localizada dentro da Floresta Nacional do Tapajós (Flona) e permite conhecer o cotidiano dos indígenas que habitam nesta área de proteção ambiental. O passeio oferece ao visitante conhecimento sobre a utilização dos recursos naturais pelas populações ribeirinhas. A comunidade vive da produção de farinha de mandioca, feijão, arroz e outros produtos de subsistência. O couro ecológico(artesanal) é a nova fonte de renda, e durante a visita é possível conhecer o processo de transformação do látex em produtos ecologicamente correto, fruto da criatividade do povo tapajônico. Esta região oferece uma experiência sui generis para quem busca turismo de vivência com sustentabilidade no Pará.


As cuias de Aritapera foram declaras Patrimônio Cultural
do Brasil. (Foto: Ministério da Cultura)
Cuias de Aritapera
As cuias de Aritapera foram declaradas Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). São produzidas pelas artesãs da comunidade de Aritapera, que fica a 5 horas de Santarém por via fluvial. Lá, as artesãs são dedicadas a produção e arte das cuias, feitas a partir do fruto de uma árvore popularmente chamada de "cuieira", e passam suas técnicas de geração à geração.

Em Santarém você ainda pode conhecer  as praias do Cajueiro, a tranquila e deserta praia Ponta do Cururu e a Praia de Ponta de Pedras, onde além da tranquilidade e dos encantos da natureza, você encontra opções de artesanato diferenciado, oferecido pelos moradores da agradável comunidade.

O que comer 
A especialidade gastronômica de Santarém são peixes dos rios Tapajós e Amazonas, como o pirarucu, tucunaré, tambaqui, filhote e surubim. Os pratos geralmente possuem ingredientes simples, mas surpreendem na forma sofisticada ou criativa do preparo. Em Santarém existem diversos restaurantes com chefs de experiência internacional, especializados em transformar a culinária dos antigos povos indígenas em pratos sofisticados ou adaptando-os para outras receitas mais clássicas, a exemplo da omelete de avíu e do bolinho frito de piracuí.

Como Chegar

Via Aérea -  Santarém é coberta por voos regulares saindo diariamente do Aeroporto Internacional de Belém. A viagem dura em média 1 hora. Escolha AQUI sua companhia aérea. 

Via  Fluvial -  Embarcações saem diariamente de Belém para Santarém do Terminal Hidroviário de Belém (Galpão 10 CDP) e de outros portos. A viagem dura no mínimo dois dias. Consulte AQUI uma agência de viagem. 

Rodoviário -  Partindo de Belém, Santarém fica a 1.352 km e o percurso em carro particular, envolve respectivamente a BR-316, PA-140, PA-151, PA-256, PA-150, PA-263, BR-422, BR-230 (Transamazônica) e BR-163 (Santarém-Cuiabá).

CONHEÇA O PARÁ:

Secretaria de Estado de Turismo do Pará- SETUR
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