sexta-feira, 19 de junho de 2015

Casa do Artesão do São José Liberto expõe produção artesanal de cuias

Cuia pintada. Artesão Izaías Lopes
(Foto: João Ramid)
A prática artesanal de fazer cuias foi declarada Patrimônio Cultural do Brasil, no último dia 11. A proposta para o pedido de registro do modo de fazer cuias do Baixo Amazonas, no Pará, foi avaliada durante a 79° reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.

A Casa do Artesão do Espaço São José Liberto – Programa Polo Joalheiro do Pará, referência em artesanato paraense, expõe para comercialização as cuias pintadas, artesanato oriundo de todas regiões do Estado, reunindo cerca de 45 tipologias.

As cuias pintadas do Espaço São José Liberto, segundo o Núcleo de Produção e Comercialização do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), são produzidas por dez artesãos paraenses cadastrados no programa: Rúbia Goreth Maduro, Lúcia Cândida Costa, Rita Furtado, Dejane do Vale, Maria Laura da Cruz, Rosângela Soeiro, Pollyanna da Silva, José Sérgio Soares de Lima, Tourai Sharif Pour e Izaias Lopes.

Cuia com arte rupestre. Criação de Izaias Lopes
(Foto: João Ramid)
As cuias pintadas são especialidade do mestre artesão Izaias Lopes. Com 40 anos de experiência na área e natural de Belém, ele trabalha com o artesanato desde 1974 e, há seis anos, encantou-se pelas cuias (ou coités), matéria-prima regional que existe em abundância na região do Rio Quianduba, em Abaetetuba, no Baixo Tocantins.

As inspirações são a arte rupestre, marajorara, tapajônica e africana. Os desenhos são baseados nos registros dos sítios arqueológicos ao longo dos rios Trombetas e Xingu, e nas regiões de Prainha, Monte Alegre, Alenquer e Serras das Andorinhas. As cuias de coité com temática rupestre e pintadas a mão do mestre Izaias foram citadas em um livro de arte popular, publicado em 2008 e considerado referência no assunto.

SAIBA MAIS: ESPAÇO SÃO JOSÉ LIBERTO – POLO JOALHEIRO DO PARÁ

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