segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Festival de Ópera do Pará é escolhido entre os melhores do Brasil

O Festival de Ópera do Theatro da Paz  de 2014 encerrou com
a obra Ottelo de Giuseppe Verdi
A cada ano, o Festival de Ópera do Theatro da Paz vem ganhando cada vez mais a simpatia de críticos nacionais. Desta vez o evento, que ocorre nos meses de agosto e setembro na capital paraense, promovido pelo Governo do Estado, via Secretaria de Cultura (Secult), caiu no gosto dos críticos Marco Antônio Seta e Leonardo Marques, ambos jornalistas da publicação Movimento, referência no país quando o assunto é ópera.

Diplomado em Educação Musical e Artes Visuais, conhecido por seus artigos e críticas de óperas em vários veículos de São Paulo ao longo de três décadas, Marco Antônio Seta destaca em sua crítica desta semana a descentralização do eixo São Paulo-Rio na produção de ópera, com destaque para os espetáculos montados em Belém. “O Theatro da Paz, na realização do seu XIII Festival de Ópera, se destacou pela produção de vários espetáculos contando com um super elenco de artistas renomados. Apresentou Mefistofele, de Boito, com a brilhante presença do baixo russo Denis Sedov, que se destacou na interpretação do enviado de Satanás. Brilharam a soprano paraense Adriane Queiroz e o tenor Fernando Portari, sob a direção cênica e iluminação de Caetano Vilela”, descreve.
O Festival, que em 2014 encerrou com Otello, de Giuseppe Verdi, contou com a regência do maestro Sílvio Viegas; do tenor italiano Walter Fraccaro no papel título; do baritono brasileiro Rodrigo Esteves, o baixo Sávio Sperandio, Gabriella Rossi, Andrew Lima, Antônio Wilson Azevedo; todos sob a competente direção cênica de Mauro Wrona. “A produção dessas óperas foi uma vitória do próprio Festival, e esperamos em 2015 poder aplaudir e comentar outras”, escreveu Seta.

Já sobre o balanço final das apresentações de ópera pelo Brasil e sobre escolha dos melhores de 2014, o crítico Leonardo Marques garantiu: “São Paulo e Belém são os grandes destaques. “O Festival de Ópera do Theatro da Paz seguiu em 2014 sua trajetória ascendente. Se, por um lado, manteve suas três montagens tradicionais (realizadas em apenas dois meses, registre-se), por outro, apostou em títulos não muito comuns nos nossos teatros (Mefistofele, Blue Monday e Otello), e todos foram muito bem produzidos e bem recebidos - o que demonstra, também, a evolução do público paraense”, atestou. Para ele, “belas encenações, excelentes vozes, uma orquestra cada vez melhor e com sonoridade mais coesa marcaram a última edição deste importantíssimo festival”.

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