segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Emater amplia o atendimento a indígenas no Pará

É pelo menos 10% maior o número de atendimentos a indígenas no Pará, prestados pelo Governo do Estado, por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), nos últimos dois anos. O avanço nos atendimento às comunidades está intimamente ligado a aplicação de técnicas e tecnologias para o desenvolvimento da produção agrícola, da capacitação para o artesanato e da elaboração de projetos técnicos que trabalham o fortalecimento e o incremento das atividades desenvolvidas nas aldeias.

Em Jacareacanga, no oeste do estado, onde se concentra grande parte da população Munduruku, a Emater desenvolve junto a 17 aldeias no município projetos que visam a segurança alimentar das famílias, bem como a melhoria da qualidade do que é produzido por elas. Neste contexto foi elaborado o Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Munduruku.

Por meio de oficinas, ministradas entre 2011 a 2013, já foram capacitadas mais de 300 lideranças indígenas para consolidação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental da Terra Indígena Munduruku, que é uma peça importante para apontar políticas públicas necessárias para a segurança alimentar e nutricional desse grupo e ainda para a geração de renda nas aldeias. Outra finalidade do Plano é traçar um diagnóstico sobre a fauna, a flora e o nível de degradação e contaminação provocados pela atividade garimpeira, muito comum na região.

A Emater promoveu um curso de melhoramento da qualidade da farinha qe contou com a participação de 40 indígenas, das aldeias Santa Maria e Caroçal, e também moradores de outras 14 aldeias, somando mais de 200 famílias. O impacto foi positivo especialmente no que se refere ao melhoramento da produção. O quilo da farinha, que custava R$ 0,70, passou a ser comercializado a R$ 1,50.

Em Oriximiná, no Baixo Amazonas, a equipe técnica da Emater foi a responsável pela elaboração de projetos técnicos que atenderam, com recursos de crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento à Agricultura Familiar (Pronaf), 43 famílias de agricultores da etnia Wai Wai. Em Santa Maria do Pará, 20 agricultores da etnia Tembé receberão, até 2015, assistência e orientação da Emater em  atividades diversas como avicultura, pesca artesanal, apicultura, cultura da mandioca, milho e feijão.

Em São Félix do Xingu, 20 famílias de agricultores indígenas da etnia Kayapo estão recebendo capacitação e orientação para a produção de artesanato, como forma de valorização da cultural local, geração de renda e preservação do meio ambiente. Em Jacundá, a Emater mantem um trabalho de fortalecimento da segurança alimentar junto a 30 famílias da etnia Assurini. E no município de Tomé-Açu, as atividades desenvolvidas com os Tembé proporcionam geração de renda por meio da piscicultura, com a criação da tambaqui em tanque escavado, aproveitando o potencial hídrico da região.

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