quarta-feira, 17 de julho de 2013

Trilhas do Parque Estadual do Utinga são opções de lazer em julho

                                                                                                 Foto: Sema
Na programação do Parque Estadual do Utinga deste mês de julho, uma opção de lazer são as atividades nas oito trilhas da Área de Proteção Ambiental, que promovem a educação e sensibilização sobre o meio ambiente e ainda permitem ao visitante desfrutar do contato com a natureza. O parque é uma unidade de conservação de proteção integral, que tem como objetivo principal a preservação dos lagos Bolonha e Água Preta, que abastecem de água 70% da cidade de Belém e parte do município de Ananindeua.
 
 Neste mês, as visitas acompanhadas podem ser feitas de segunda a quinta-feira, de 8 às 18 horas, às sextas-feiras, até meio-dia, e nos sábados e domingos, até 14 horas, mas os portões estão abertos desde às 6 horas para os interessados em caminhadas ao ar livre, passeio de bicicleta, patins e atividades similares, que não necessitam de orientador. Grupos de, no mínimo, sete pessoas, e no máximo 35, podem agendar visita acompanhada por técnicos do parque.
 
 Patauá – Uma palmeira patauá de 25 metros de altura dá nome à trilha. Com extensão de 765 metros, é destinada para um público a partir de 12 anos, em percurso estimado de 35 minutos. O começo é próximo da Estação de Tratamento de Água do lago Bolonha, da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa). Além das aves e outros pequenos animais, podem-se encontrar vegetais como a Embaúba, Tachi Preto, Virola de terra firme, Quaruba Cedro e Patauá, entre outras espécies florestais.
 
 A trilha do Acapu, localizada próximo ao lago Bolonha, tem 1.142 metros. Seu nome é originado dos vários exemplares de Acapu existentes no trajeto. A espécie está ameaçada de extinção. A trilha apresenta alguns obstáculos durante o percurso, como buracos, troncos, galhos e árvores caídas. O tempo estimado para percorrê-la é de 45 minutos. É indicada para o público adolescente e adulto.

 Espécies arbóreas de grande porte, ecossistema de várzea, pontos onde animais se alimentam de frutos, lugares onde existiam armadilhas, área alagada com presença de quelônios são atrativos da trilha. Árvores da floresta, como Cubarana, Piquiarana, Quaruba, Castanha de Sapucaia, Anani, Paxiúba e outras estão no percurso.
 
 A trilha do Bolonha tem 776 metros, apresenta poucos obstáculos e pode ser feita em tempo estimado de 35 minutos, por um público a partir de 12 anos de idade. Na entrada da trilha, existe um trapiche cercado de palmeiras de açaí e, em outro ponto, uma clareira de frente para o lago Bolonha, onde há presença abundante da flora: Amapá, Breu Branco, Paricá, Anani, Cipó de Fogo, entre outras espécies. A trilha do Bolonha está situada em um bioma amazônico considerado floresta tropical secundária. Apresenta áreas de várzeas e igapó e várias espécies frutíferas.
 
 Castanheira – A trilha da Castanheira, com 1.555 metros, tem um público-alvo a partir de 15 anos. Uma árvore centenária de Castanheira do Brasil dá nome a ela. O trajeto original percorre cerca de 500 metros sobre o canal de interligação dos lagos Bolonha e Água Preta. Segundo análise dos técnicos da Sema, o percurso deve ser feito apenas pelo público adulto, devido o risco da caminhada sobre o canal. A vegetação predominante no local é de Pau-de-remo, Tento, Quaruba Bacuri, Cajuí, Andiroba, Castanheira do Brasil e demais representantes da flora amazônica e da fauna.
 
 A trilha do Macaco é a mais conhecida dos visitantes e também a mais usada. A entrada é na clareira do macaco, próximo ao lago Bolonha, e o final é perto do centro de visitação, com acesso ao lago Água Preta. Tem extensão de 1.330 metro e é programada para um público a partir de 15 anos, com percurso de 60 minutos. Dentre as espécies florestais encontradas, destacam-se a Embauba, Escada de Jabuti, Mumbaca, Quarubatinga e outros exemplares da Amazônia.
 
 A trilha do Amapá, com 336 metros, faz parte da trilha do Macaco. O percurso é feito por um público a partir de 10 anos de idade, em 20 minutos. O amapazeiro, que batizou a trilha, está na parte final do percurso, próximo à rua principal do parque ambiental. Indicado para crianças, seu tamanho é curto, com poucos galhos e troncos no caminho. No local, encontram-se espécies arbóreas Amapá, Tento, Castanha Sapucaia, Apuí, Quaruba papel e outras.
 
 Água Preta – O percurso de 1.761 metros da trilha ocorre às margens do lago Água Preta. O público, a partir de 15 anos, pode participar da atividade com duração de cerca de 70 minutos. Predomina a paisagem de floresta em sucessão, demonstrada pela presença de vários extratos arbóreos e cipós, solo conservado e diversidade florística apreciável.
 
 A maior parte do trajeto se dá muito próximo das margens do lago, alguns trechos alagados. Essa proximidade oferece belas visões da paisagem. O fim da trilha ocorre no viveiro natural do parque, localizado ao lado do centro de visitantes. As espécies vegetais identificadas são o Cipó D’Água, Breu Vermelho, Mangue de terra-firme, Marupá, Faveira, Angelim e Cariperana.
 
 A trilha da Paxiúba está localizada próximo ao centro de visitação, com a entrada às margens da estrada de terra que dá acesso ao centro de revegetação, próximo à saída da trilha do macaco. Tem 232 metros de comprimento, com um traçado em sua grande maioria linear, com poucas curvas e poucos obstáculos, sendo ideal para o público infantil. A origem do nome é pelo fato da trilha apresentar espécies de Paxiúba de vários tamanhos.
 
 De fácil percurso, em 20 minutos, a trilha da Paxiúba é um excelente atrativo natural para as crianças. Está situada em um bioma amazônico considerado floresta tropical secundária, apresentando áreas de várzea com vários tipos de espécies arbóreas e frutíferas. Mais informações sobre as trilhas estão disponíveis na gerência do Parque Estadual do Utinga, pelos telefones (91) 3184-3613 e 3276-2778 ou pelo e-mail parquedoutinga@sema.pa.gov.br.
 
 
Texto: Káthia Oliveira - Sema

Um comentário:

  1. Não conheço o lugar, mas pela foto deve ser de cair o queixo. Gosto muito de ver natureza e estar bem perto dos animais e também da água!

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