quinta-feira, 25 de julho de 2013

Seminário discute participação de cooperativas no setor de turismo

O seminário “Noções Básicas de Cooperativismo – Primeiras Lições”, que discutiu ações de inter-cooperação voltadas ao desenvolvimento turístico na região, foi realizado nesta quarta-feira (24) pelo governo do Pará, por meio da Secretaria Especial de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção e da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), em parceira com a Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado do Pará (OCB-PA). Na ocasião, foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre Setur e OCB-PA, para estimular a criação de cooperativas regionais, destinadas ao fomento de uma cadeia produtiva no segmento turístico, entre as quais uma cooperativa receptiva de turistas em Belém.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Planejamento e Articulação Técnica Institucional da Setur, Jamily Souza, a iniciativa surgiu no planejamento da Setur, que busca trabalhar o cooperativismo no turismo, criando estratégias que aumentem a atração turística. “O seminário é a primeira atividade a partir da assinatura do Termo de Cooperação. Com a iniciativa, houve uma procura mútua de ambos os setores, para que fossem desenvolvidos mecanismos para a implementação dessa atividade. Com a assinatura, começam as discussões para que, efetivamente, comecem as atividades e o estímulo à criação de cooperativas voltadas ao turismo na região”, contou Jamily Souza.

Segundo Francisco Pessoa, gerente técnico da OCB-PA, o seminário serviu para nivelar o diálogo entre profissionais de turismo e as cooperativas já existentes no Estado. Os profissionais de turismo, ressaltou, ainda não vêem as cooperativas como meio de atração de turismo para a região, e as cooperativas ainda não conhecem por completo o turismo profissional.

Ele informou ainda que cabe à OCB-PA passar a informação técnica necessária para a criação das cooperativas, desde a elaboração de estatuto e de ata, até o acompanhamento do processo de constituição, estudo de viabilidade e elaboração de plano de negócios, assim como estreitar a relação dos profissionais com a escala de cooperativismo já existente dentro e fora do país.

Estímulo - “Queremos ajudar na criação de cooperativas, com o intuito de inserir o máximo possível de atores da comunidade em procedimentos de turismo e lazer. Iremos estimular os trabalhadores informais não organizados a se organizarem em cooperativas, para terem acesso a uma cadeia maior de cooperativismo voltado ao turismo”, explicou.

Ele ressaltou que o Termo de Cooperação trata, nesse primeiro momento, de estimular a criação de uma cooperativa receptiva em Belém. Para isso, seria necessário buscar nas instituições de ensino que trabalham com o turismo na região - principalmente as universidades - uma leitura mais crítica do mercado de trabalho. “Nosso objetivo, na verdade, é proporcionar aos egressos da academia, ao produtor rural que esta lá na comunidade rural, ao taxista, ao profissional barqueiro, a todos esses atores do turismo, um meio de socializar ganhos e intercalar mão de obra”, frisou.

Para Francisco Pessoa, o próprio turismo já traz uma cadeia de negócios, pois é muito dispendioso uma única instituição trabalhar os mais variados segmentos do turismo. Para isso, o cooperativismo turístico propõe a criação de cooperativas para trabalhar, por exemplo, os setores gastronômico e religioso.

“Uma cooperativa receptiva em Belém serviria para receber os turistas e transferir esse público para as cooperativas regionais, para que possam receber esse turista e apresentar os recursos da região. Seria uma forma de descentralizar o turismo, com uma gestão organizada, democrática e participativa”, destacou.

Texto: Pablo Almeida – Secom

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